Cap. 33

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Havíamos perdido a noção do tempo, quanto resolvemos olhar no relógio as horas já passavam de dez.

Eu havia cantado, sozinha e cantamos juntos, quase entro em estado de catatonismo devido a vergonha, mas o que importa é que já havia passado, e eu estava com ele afinal.

Saímos do estabelecimento, lado a lado e ele discretamente segura minha mão.

O clima da noite estava fresco, as luzes da cidade davam um toque diferente, havia algumas árvores pelas calçadas começando a encher de folhas.

Estava tudo relativamente tranquilo, de repente ouvimos um estrondo vindo do outro lado da rua.
Podia se ouvir gritos, pessoas correndo e em questão de instante o caos se instala.

Corremos em direção ao local, estava de difícil acesso devido a grande quantidade de pessoas correndo em direções diferentes.

Devido aos esbarros das pessoas nos afastamos, eu estava quase o perdendo de vista.

–Vamos nos separar, eu te encontro lá do outro lado!

Grito em sua direção, percebo que ele entende quando ele faz um sinal de beleza com a mão e sai correndo em direção ao furdunço.

Faço o mesmo, me apresso e resolvo correr, passo por uma garota que estava sentada no chão bem próximo ao local, ela estava com uma expressão de desespero no rosto, estava apenas encarando o nada com as mãos na cabeça.

–Você está bem? O que aconteceu? Pode me dizer o que aconteceu?

Me abaixo e falo próximo a seu rosto, já que o barulho estava ensurdecedor. Percebo que ela está tremendo, ela para de encarar o nada e olha para mim.

–Por favor, ajuda eles! Eles vão morrer!

–Quem? O que aconteceu?

–M-meus pais, eles ainda estão lá dentro! Não sei o que foi, foi tudo de repente! Ajuda eles por favor!

Ela grita suas súplicas me segurando pela blusa, lágrimas rolam pelo seu rosto.
Naquele momento eu não sei o que houve, acho que nunca havia me sentido daquele jeito, nunca me ocorreu passar por uma situação dessas.

Me levanto e corro o mais rápido possível até o local, chegando lá percebo que se trata de um prédio de pelo menos 8 andares, a cada instante que se passava chegavam mais pessoas. Estava começando a me sentir sufocada.

Não estava avistando Yuuji, se caso se tratasse de uma maldição, como iríamos agir?

Percebo que há uma fumaça preta saindo de uma das janelas dos andares de cima.

–Vai explodir a qualquer momento!

–Todos já evacuaram o prédio?

–Quase fomos queimados!

Haviam muitas pessoas falando, tento manter a calma diante de todas frases que era possível ouvir e corro para a entrada do prédio!

–Ei, o que está fazendo?

–Você é louca?

–Chamem a polícia!

Consigo desviar de algumas pessoas que me impediam de entrar e adentro o prédio, corro o mais rápido que posso subindo as escadas, se Yuuji já chegou aqui provavelmente já deve estar lá em cima.

A adrenalina que corre em minhas veias está tão elevada que quase não me cansei subindo as escadas.

Cubro as vias aéreas com o braço, a fumaça está mais densa e escura deste lado do prédio, sinto uma presença forte. Com certeza é uma maldição.

𝕷 𝖚 𝖝 𝖚 𝖗 𝖞 Where stories live. Discover now