𝕷 𝖚 𝖝 𝖚 𝖗 𝖞

Cap. 38

Posso sentir a onda de calor dançando pelo meu corpo, uma inquietação no meio das pernas.

Principalmente na cabeça, o que eu estava fazendo?

Será que realmente valia a pena me envolver com Ele?

O suor se familiarizava com o lençol, os dois se misturavam me deixando assim agonizada.
Olho no relógio e já passavam das 3 da manhã.

Ele entrou no banheiro e trancou a porta. Decido que é melhor ir pro meu quarto.

Visto as roupas mesmo suada, quando estou prestes a dar o primeiro passo para fora do quarto a porta do banheiro se abre.

–Não vai ficar?

Era a voz de Yuuji, pela sua conduta ele meio que já estava se familiarizando com esse triângulo amoroso bizarro.
Estou de costas e nego com a cabeça na mesma posição em que ele me avistou, saio sem dizer mais nada e fecho a porta atrás de mim.

Eu me odeio pelo simples fato de ser tão vulnerável a esse miserável. Me odeio mais ainda quando ele me procura e eu cedo, como se fosse o último homem da terra.
Apesar de se tratar de uma entidade.

Tiro a roupa e jogo em algum lugar para ser descartada, mesmo que ainda constituíssem reutilizáveis eu o faria do mesmo jeito.

Ligo o chuveiro e me permito sentir a água escorrendo pelo meu corpo, imediatamente relaxo.

Pensamentos começam a invadir minha mente, do tipo: como as pessoas na escola reagiriam ao saber que estou me envolvendo com Sukuna?

Parece que depois de ser comida por Ele estou mais deprimida, sinto vontade de morrer ao mesmo instante que sinto como se fosse uma cólera travada no âmago da minha alma.

Preciso sair para acalmar os sentidos.

Não passavam das 4h da manhã, ouvindo com atenção podia-se perceber o coaxar dos sapos como se fosse uma pequena percussão da mãe natureza, junto ao som que as folhas das árvores emitiam ao momento em que o vento as atravessava.

Esfrego minhas mãos em seguida as sopro, colocando-as no bolso do moletom.
Havia algo instigante na frieza da madrugada.

Não havia movimento na rua, estava deserta até demais.