𝕷 𝖚 𝖝 𝖚 𝖗 𝖞

Cap. 17

–Acredite, S/N, se eu soubesse que você não é capaz eu não teria escalado você.

Ele diz e coloca a mão na minha cabeça, como se fosse alguma espécie de encorajamento.
Fushiguro e Yuuji estão com o semblante tranquilo, talvez seja porque já lidaram com bastante maldições de grau dois na vida.
Adentramos o local, o sensei ficou do lado de fora nos esperando.
Escuto as vozes cada vez mais nítidas, talvez realmente fosse hora de eu tentar dominar minhas habilidades.
Eu ainda não sabia bem qual categoria dominava, não sei se me adapto mais à força bruta igual Yuuji ou se me dou melhor com instrumentos amaldiçoados igual Maki.

Não seria uma boa ideia nos segregarmos, o local era relativamente grande e cheio de escombros, poderíamos nos perder. Eles estavam à uma distância considerável de mim, se estivessem mais perto eu me sentiria sufocada, estou muito nervosa.
Consigo sentir a presença de uma maldição, fraca.
Ela logo vem em minha direção. Não havia comigo nenhum instrumento, então resolvi pegar um pedaço de ferro que havia ali perto por instinto.
Logo que o seguro firme transmito minha energia amaldiçoada através dele.

–Que aberração.

Parto para cima dela e consigo lançar alguns golpes, ela rola no chão e logo lhe dou um golpe final.

–Nada mal.

Diz Yuuji, com certeza aquilo não era o causador do caos que havia acontecendo por aqui.

–Sabe, seria bom uma ajudinha.

Digo enquanto sigo a presença mais forte.
Estou concentrada, pensando numa forma de conseguir derrotar uma maldição nível dois.

–Eu vou limpar essa área, logo alcanço vocês.

Fushiguro diz enquanto nos distanciamos dele.
Não consigo rastrear a maldição, ao mesmo tempo que a sinto perto sinto longe também.

–S/N, sei que não é uma boa hora agora mas, tem alguma coisa entre você e o Fushiguro?

Engulo seco, e as mãos começam a suar mais que o normal. Se nós não estivéssemos nesse ambiente eu com certeza não reagiria assim. Por quê eu reagi assim?

–É, a gente tá tendo um rolo.

–Cara, isso foi muito... Eu desconfiava.

–Por quê está tão surpreso? Não é como se eu estivesse te traindo, afinal o que a gente faz é apenas casual.

–Eu entendo que você encara assim. Achei que fosse algo a mais, eu...

–Yuuji, por favor, não leva pro pessoal, sério. Eu gosto de você mas não é assim que...

–S/N, eu tô gostando real de você, tipo, pra valer.

Eu estava muito nervosa, quando estou nervosa eu fico estressada quando algo muito delicado acontece nesse meio.

–Mano pelo amor de Deus!—Esbravejo— Yuuji, agora não é hora pra isso, sério, eu tô tentando dar o meu sangue aqui.

A pressão do local foi ficando cada vez mais pesada a medida que eu ia gritando com ele, minha voz ecoava por todo o cômodo. Sinto a presença de verdade agora, tão forte que por um momento a vista havia escurecido. Eu estava "vulnerável", havia baixado a guarda.

Quando me dei por mim apenas escutava vozes chamando meu nome, mas pareciam distantes e abafadas.