Cap. 39

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Ao momento que vou passeando pela rua, vou tentando apaziguar, tentando ser coerente comigo mesma.

O que eu realmente queria? Eu quero me deixar ser possuída pelo poder de sedução idiota de Sukuna?

Minha relação com ele está definhando pouco a pouco o Yuuji. Isso tudo por culpa do meu egoísmo.

Talvez seja melhor eu me afastar?

Não consigo parar de me fazer perguntas, não sei o que fazer.

Paro em frente a uma máquina e desembolso uma moeda, logo recebendo em troca um maço de cigarros.

Eu não tinha o hábito de fumar, mas dizem que ajuda a relaxar. Procuro um meio de fazer fogo, já com um cigarro entre os lábios.

Instantaneamente sinto uma presença, como um calafrio. Não, não era possível que ele tenha me seguido até aqui.

–Posso?

Uma figura de cabelos médios e escuros, presos num coque, cicatriz evidente bipolarizando a testa, pergunta, me apresentando um isqueiro.

Estamos parados frente a frente e eu hesito por um instante, o analisando.

Resolvo aceitar sua gentileza, chego mais perto e ele acende o cigarro.

Dou uma tragada e solto a fumaça para cima lentamente.
Uma vez que tusso quase não consigo mais parar, os olhos enchem de lágrimas.

Ele dá uma risada, uma risada muito doce para quem tem uma aparência feito a dele.

–Sua primeira vez?

–Digamos que sim.

Quando me dei conta estávamos jogando conversa fora como se fôssemos íntimos e nos conhecêssemos há tempos.

Estávamos prestes a ver o sol nascer, o vento fresco soprava no meu rosto, levando algumas mechas de cabelo para onde se direcionava.

Ele parecia não expressar nenhum sentimento, parecia ter um semblante vazio. Estava olhando para frente, me pego olhando seu perfil. Por algum motivo sinto que já o conhecia.

–Então, S/N, o que faz da vida?

–Estou estudando, prestes a terminar o ensino médio.

Eu não era idiota de sair espalhando que sou uma feiticeira.

Ele desvia seu olhar para mim, agora eu estava olhando para frente mas ainda assim percebo seu olhar me checando por inteiro. Engulo seco.

Os primeiros raios de sol começam a aparecer, ele se aproxima mais de mim.
Quando estava prestes a falar algo, alguém intercepta.

–S/N!

𝕷 𝖚 𝖝 𝖚 𝖗 𝖞 Where stories live. Discover now