Cap. 9

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Olho mais ao canto da sala e percebo que, há um cara sentado numa cadeira que, não sei se ele é grande demais para ela ou se ela é pequena demais para ele.
Fora o fato de ele estar vendado (?) ainda mais num lugar com pouca iluminação. Impossível eu não me surpreender a cada instante que tenho contato com essa gente.

–Como o diretor Yaga não se faz presente hoje, por motivos pessoais, eu estarei realizando seu teste vocacional. Ao longo do teste vou esclarecendo qualquer dúvida que você tenha e lhe dando novas informações sobre o ramo de feitiçaria. Ouvi dizer que você tinha altas chances de se tornar um prodígio.

Ele dá um sorriso de canto enquanto se estica na cadeira e apoia uma mão no queixo, como se estivesse olhando em minha direção. Eu estava tensa, a qualquer momento começaria a suar, não ia ser legal.
–E como será esse teste?
–Ah, ele já começou.

Engulo seco, como assim? O silêncio invade meus ouvidos, ele não faz nada, nenhum movimento.
–Então eu posso me sentar aqui e ficar apenas olhando pra sua cara?
Digo me sentando em uma única cadeira do outro lado da sala.
Ele dá uma risada e balança a cabeça.
–Estavam certos quanto ao que disseram, com certeza, você não é bagunça. Bom, eu esqueci de me apresentar, me chamo Satoru Gojo. Sou um dos seus, se não o mais importante sensei, um dos melhores, não, o melhor!

Olho para ele com o cenho franzido, que cara exibido. Ao longo do tempo que estamos dentro da sala vamos trocando informações, me sinto mais relaxada, aos poucos vou me familiarizando com ele, que tipo de ser humano estranho, completamente egocêntrico e narcisista. Estava me sentindo sufocada, é curiosa para saber qual era o lance da venda.

–Então, você está me dizendo que essa é apenas a primeira fase do teste? Não entendi exatamente o que eu devia fazer aqui mas, do que se trata a segunda fase?
–Vamos fazer um pequeno duelo, você contra algum aluno do primeiro ano, ainda estou analisando quem terá a honra de te enfrentar.
–Mas eu ainda não manjo nada dessas paradas que você acabou de dizer, energia amaldiçoada, maldições grau um, quatro, sei lá!
–Calma, criança, ainda temos muito tempo, tudo vai se arranjar!—Ele coloca uma mão sobre meu ombro e anda em direção à porta.—Tenho certeza que você se sairá bem. A primeira fase já foi concluída, se não se importa em aguardar, pode ficar por aqui pelo Colégio, eu tenho algo a tratar com urgência no centro da cidade. Até a segunda fase, S/N!

Ele é um tagarela nato e não dá espaço para falar, não consigo sequer respirar direito perto dele! Não me deu tempo nem para dizer se podia esperar ou não, que caralhos! Bufo e saio da sala, no momento em que fecho a porta percebo que há alguém vindo.
Não foi preciso muito esforço para reconhecer quem era de longe.
–S/N, e aí, como foi?
–Bom, não foi ainda, acho que vou ter que aguardar a segunda fase.
–Segunda fase? O sensei sempre cheio de invenções. Quando vai ser?
–Não sei, ele disse que eu podia ficar aguardando aqui pelo Colégio, tinha umas pendências pra resolver no centro da cidade.
–Bom, então isso significa que temos tempo para conversar, né?
–Sim.
Ele me conduz até um corredor onde há vários dormitórios, durante o percurso eu não vejo mais ninguém, parece estar vazio.
–Só estamos nós dois aqui?
–Os alunos do segundo ano saíram um pouco mais cedo, treinamento. O resto eu não sei muito bem onde se meteu então... Pode-se dizer que somos só nós por aqui.
–Entendi.
Chegamos em frente a um dos quartos.

𝕷 𝖚 𝖝 𝖚 𝖗 𝖞 Where stories live. Discover now