Capítulo 16💞

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AUTORA

      Já faziam dias que Ava estava em coma, especificamente, oito dias. Todos seus amigos, incluindo funcionários do hospital, a visitavam a cada hora, nunca deixavam ela sozinha. Gabriel dormia ao lado dela todos os dias a noite quando chega do treino, mesmo ele não estando totalmente bem nos jogos, assim como seus amigos, preocupados pela loira. O moreno até pediu para colocar uma cama ao lado de sua amada, ele não queria de jeito nenhum deixa-la.

    Marília passou a semana arrumando tudo para a viagem que fez para São Paulo, ela tinha a missão de achar a família de sua irmã de coração. Ela estava convicta que eles morariam no mesmo lugar que antigamente, ela tinha a obrigação de acha-los para tirar sua irmã daquele quarto e o mais importante é que algum deles tenha o tipo sanguíneo compatível. 

   Ela nesse momento estava na frente da casa da sua amiga, onde antigamente vivia em festas de pijamas com Ava, uma enorme casa. Respirou fundo após bloquear o celular e logo andou até a porta para apertar a campainha. Segundos depois a porta é aberta por uma senhora loira de olhos claros, a senhora franziu a testa confusa. Suas roupas eram simples, não parecia ser a dona dessa luxuosa casa. 

- Bom dia,  sou Marília. Estou à procura de Fernando e Regina Albuquerque. - A mais nova quebra o silencio que tinha se estalado.

- Bom dia, eu sou Regina, Fernando é meu marido. - A senhora respondeu simpática, mesmo confusa.

-  Eu preciso falar sobre Ava Albuquerque. - Marília fala com medo da senhora não querer saber de sua filha mais nova. - É urgente.

- Sinto muito mas ela morreu há doze anos atrás. - Falou a senhora com a voz embargada. Há doze anos ela tinha expulsado sua filha de casa, o que fez a mesma sentir um remorso enorme depois de descobrir sua filha havia morrido no acidente de ônibus que estava para fugir de sua família.

- Como assim, morta? - A loira perguntou totalmente confusa, algo estava muito errado.

- Vem, entre. - A senhora deu espaço para a loira entrar e a guiou até a área de lazer, onde tinha sofás aconchegantes. - Nina, pode trazer um lanche? - Pediu para a cozinheira que passou por elas, a mesma concordou. - Obrigada.

-  Pode me explicar por que acha que sua filha morreu? - A loira perguntou se sentando na sofá e em seguida a senhora faz o mesmo.

- Há doze anos, eu e Fernando caímos em um plano que nossas filhas mais velhas fizeram, acabamos que nós expulsamos a nossa filha mais nova, menor de idade. Eu me arrependo tanto, ela pegou um ônibus na rodoviária e sofreram um acidente na estrada. - A senhora desabou em lágrimas ao terminar de revelar a morte de sua filha. - Fernando a amava, ele se culpa até hoje. Ele mudou muito depois disso. Nós mudamos.

- Quem contou isso para a senhora? - A loira pergunta chocada com o que tinha acabado de ouvir.

- Minhas filhas chegaram desesperadas em casa nesse dia, mostraram o vídeo da câmera do radar, vimos o ônibus explodir. -  A senhora contava, Marília lembrava como a senhora era quando as duas amigas eram pré-adolescentes, ela era madame do tipo que se achava superior à todos. E a olhando agora, a loira notava sua mudança, ela era simpática, tratava os empregados muito melhor do que antigamente.

- A senhora não deve se lembra de mim mas eu era a garotinha que fazia festas do pijama com sua filha. - Revelou para a senhora que ficou chocada ao relembra os velhos tempos que tinha sua filha mais nova presente.

- Você era terrível. Você está tão linda. - Falou animada com os olhos marejados, imaginava que sua filha estaria igual a ela, viva e presente nesse momento. 

- Eu preciso que a senhora tenha a mente aberta. - A loira falou e a senhora concorda após beber seu suco de laranja. - Ava nunca sofreu esse acidente nessa época, ela chegou no Rio e começou a estudar na escola militar. Ela se tornou um militar excepcional, escoltava os médicos sem fronteiras e se tornou médica. - A senhora escutava incrédula, deixando lágrimas encorem por suas bochechas. - Atualmente, ela infelizmente sofreu um acidente de verdade, ela está em coma e precisa de um tipo sanguíneo compatível com o dela. - Ela processava tudo que foi revelado em questões de segundos, não conseguia acreditar que sua filha poderia estar viva, ou pelo menos ainda.

- Eu....eu quero vê-la...

      Marília ficou atualizando-a dos últimos acontecimentos, até Fernando chegar e receber essa notícia. Ele tinha se tornado diferente quando perdeu sua filha, ele sempre dizia a si mesmo, '' Se arrependimento mata-se, eu estaria morto há tempos.'' Ao descobrir tudo, ele fez o máximo para chegar o mais rápido possível no Rio, queria vê-la, queria fazer algo útil pelo menos uma vez para ela. Ele não tinha orgulho de ter assistido de camarote sua esposa dar um tapa em sua filha, pelo ao contrário ele tem vergonha, constrangido por ter acreditado em suas filhas mais velhas, que só queriam apenas seu dinheiro e principalmente, sua empresa.

      Pela a felicidade de Fernando e Regina, as suas filhas mais velhas saíram de casa alguns anos depois da morte de sua irmã. Casaram-se com homens ricos e poderosos, não por amor e sim pelo dinheiro,  por parte delas pelo menos. Atualmente seus casamentos estão em crise, seus maridos querem ter filhos, família, mas as duas são iguais, ao menos na personalidade, elas não queriam estragar seus corpos com filhos, por mais que teriam um tipo de vantagem sobre seus maridos. Essas duas lembravam alguém nem tão distante assim.   

CONTINUA...

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