Capítulo 3💞

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AVA     

10:00

     Me arrumei depois da corrida e fui tomar um café reforçado. Uma vitamina de algumas frutas que estavam em cima da fruteira na ilha e ovos mexidos com queijo branco. Comi, escovei os dentes rápido e fui correndo para o hospital. Eu tinha marcado com a Maria ás 11 horas da manhã. Cheguei entrando no hall do hospital cumprimentando todos.

- Bom dia, chefa. - Fala Bia, a secretária da sala de espera. - Já estava com saudades. - Falou e rimos. Acabou que ela virou uma das minhas melhores amigas do hospital. - O Luca é seu interno hoje. 

- Bom dia, Bia. - Falei sorrindo. - Quando Maria Márquez, chegar leva ela até minha sala, ok? - Falei e a mesma sorriu assentindo anotando no papel. - Chame ele e o mande para minha sala. - Falei e volto a ir até a minha sala. - Entra. - Assim que escutei baterem na porta. - Bom dia. - Conversamos o básico e em alguns minutos depois ás 11 horas em ponto, Bia abre a porta deixando entrar Maria e seu pai. - Bom dia, sentam-se por favor. - Falo estendendo a mão em direção à cadeira. 

- Bom dia, esse é o meu pai, Carlos. - Falou e sorri estendendo a mão para um cumprimento que é retribuído.

- É um prazer conhece-lo. Bom, queria saber quais são os sintomas que está sentindo nessas últimas semanas, antes de fazermos os exames. - Falei me sentando atrás da minha mesa ajeitando o meu jaleco.

- Eu estive sentindo uma queimação na garganta, como se eu fosse vomitar mas só vem o gosto. Tenho dificuldade de engolir certos alimentos. - Falou e fui anotando tudo.

- Ele também reclamou de dores no ouvido, falta de ar e uma dorzinha, como uma azia. - Maria completou.

-  Você notou se está tendo mau hálito, desgaste do esmalte dos dentes, alguma dor torácica? - Perguntei já pensando na possibilidade de um diagnóstico.

- Fico com mau hálito mesmo depois de escovar os dentes e também notei o esmalte dos dentes mais falhos. - Falou o senhor com cabelos curtos cacheados de pele morena igual a Maria com olhos verdes claros, super lindos.

- Vamos fazer uma ultrassonografia e mais alguns exames, eu tenho um palpite, mas vou esperar para confirmar. - Falei e mandei o Luca leva-lo para fazer o exame.

- O que você acha que é? - Falou quando ficamos sozinhas na sala.

- Vamos esperar o resultado. Como foi nesses meses? - Falei sorrindo animada. - Conta tudo! - Falei e rimos. Ficamos conversando até Luca chegar com os resultados do exame. - Se essa Rafaella te tratar mal, eu mesmo dou um tapa nela.- Falei rindo. - Obrigada, Luca. Já pode voltar para o terceiro andar. - Ele assente e começo ver os resultados enquanto ele sai da sala.

- Já dá para saber o que é? - Maria pergunta ansiosa e nervosa junto do seu pai.

- Bom, meu palpite estava certo. Bom, o senhor tem refluxo gastroesofágico é muito frequente nos adultos, que ocorre quando o refluxo do conteúdo gástrico para o esófago ultrapassa os valores normais, causando sintomas ou danos no esófago. A passagem de conteúdo gástrico para o esófago ocorre em todos os indivíduos, em pequenas quantidades e várias vezes ao dia. É um fenómeno normal que não causa sintomatologia ou danos. Quando falham os mecanismos de defesa do organismo, esses episódios tornam-se mais frequentes e importantes, causando então sintomas e complicações. É particularmente nocivo o refluxo noturno, pois tende a permanecer mais tempo em contacto com a mucosa do esófago. - Falo explicando o mais fácil possível.

- Mas tem tratamento? Meu pai vai ficar bem? - Pergunta apreensiva.

- Os objetivos do tratamento são o controlo dos sintomas, a cura da esofagite e evitar a ocorrência de complicações graves. A maioria dos casos responde bem a tratamentos simples, baseados na alteração do estilo de vida e redução da secreção ácida do estômago. Em alguns casos só a cirurgia pode resolver a doença. E no caso do senhor, até o momento não precisará de cirurgia. Acredito que ainda podemos reverter. - Falo e começo a anotar o tratamento reversivo.

- Como eu posso reverter isso? - Ele pergunto nervoso também.

- Vamos ter que fazer uma mudança na alimentação, na dieta deve evitar alimentos como o chocolate, sucos de laranja ou limão, café e hortelã. Fazer refeições pequenas e frequentes. Não comer 3 horas antes de ir para a cama. Dormir com a cabeceira da cama levantada. Medicação, que podem ser antiácidos. - Falo os olhando e anotando tudo. - Caso não resolva vamos para cirurgia, ok?

- Dieta? - Ele pergunto indignado.

- Total, mas prometo quando o senhor estiver cem por cento chamo vocês para tomar uma cervejinha com churrasco, lá em casa. - Falo rindo.

- Beleza, vamos, Maria tenho que começar a dieta. - Ele fala se levantando e gargalho junto com a Maria.

- Pai! Obrigada, Ava. - Fala e levanto para abraça-los.

- Não  precisa agradecer, qualquer coisa é só ligar. - Ela assente, entrego a receita do medicamento e algumas orientações e nos despedimos. Assim que eles saem os alarmes de emergência nos alertam de feridos à caminho. Pego alguns internos e vamos esperar as ambulâncias...

18:10 

      Depois de um dia super agitados com cirurgias, atendimentos e ainda ficar de olho nos internos, vou para minha sala pegar minhas coisas, mas paro ao escutar o celular tocar.

Marília

- Oi mana, vai vir vê  o Guto e colocar o papo em dia? - Má fala enquanto escuto o próprio gritando no fundo da ligação.

- Vou sim, já estou saindo daqui. - Falei pegando minhas coisas  e saindo da minha sala indo para o estacionamento enquanto me despeço dos de mais.

- Ah! Já ia me esquecendo a Bruna marcou para amanhã com você. - Fala e depois murmura algo para Guto. 

- Tá bom, chego em dez. - Me despeço entrando no carro.

GABRIEL

10:30

       Depois da minha melhor corrida matinal da minha vida, com uma companhia que achei que nunca existiria na existência humana, corro até em casa para me arrumar para ir ao CT e quando desço do meu quarto indo para cozinha depois de me arrumar encontro minha mãe lavando a louça conversando com a Jô que trabalha aqui enquanto a mesmo cozinha.

- Bom dia! Bom dia! - Falo muito animado indo até elas dando um beijo em suas bochechas.

- Aí tem coisa. - Minha mãe fala em voz divertida com a Jô concordando.

- O que te deixou tão feliz assim, querido? - Jô pergunta cruzando os braços esperando que eu responda.

- Lembra dos sonhos que eu tenho há 13 anos? - Pergunto e continuo quando elas confirmam. - Eu a encontrei. - Elas arregalam os olhos surpresas.

- A dona dos olhos verdes tatuados? - Minha mãe fala apontando para o meu braço onde fiz a tatuagem.

- É, ela é a amiga de infância do Everton. Ela é linda, mãe. - Falo animado andando pela cozinha.

- Eu já quero conhece-la. - Jô fala e minha mãe concorda. - Eu sei que você quer contar mais sobre mas o senhor está atrasado. - Falou em tom divertido apontando para o relógio.

- Tá, já vou indo. Tchau. - Falo e saio correndo pegar o carro e ir para o CT. Ansioso para contar para eles que encontrei a mulher dos meus sonhos, literalmente. Quando falei com eles que tatuei algo por causa de uma mulher que eu nem conhecia, eles me acharam louco, como se fosse nome de ex.

CONTINUA...

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