Capítulo 9💞

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GABRIEL

     Sabe quando você sonha com algo que queira muito que se realize e que na realidade você vê de camarote isso acontecer aos poucos? É exatamente isso que eu sinto ao vê a Ava entrar na minha vida de um jeito tão espontâneo sem nem perceber.

   Fiquei olhando com um sorriso bobo ela conversar com meu pai e minha mãe normalmente, marcando para se encontrarem, rindo juntos, as duas tendo piadas internas entre elas e meu pai totalmente confuso sem entender do assunto que surgiu rápido sem perceber. Meu pai me surpreendeu, ele nunca ficou tão ''íntimo'' com alguém assim, ele nunca deixou ninguém chamar ele de Val e muito menos convidar ela para um jantar lá em casa e o melhor, ele não sabe que ela é a mulher dos meus sonhos que agora é literalmente, pelo menos quase.  

    Eles se despedirem para voltarem para casa e enquanto eles se afastavam minha visão ficou admirando a Ava na minha frente com o Guto nos braços, era como se ela estivesse assistindo um jogo meu com o nosso filho no colo me esperando para ir para nossa casa. Dei carona a ela até em casa, durante esse curto caminho, felizmente, fomos conversando coisas aleatórias, nos conhecendo melhor. 

    Parei o carro na frente de sua casa enquanto falávamos sobre o meu relacionamento com a Rafaella, ao menos ela ficou sabendo que eu estava solteiro agora. Seus olhos verdes esmeraldas me hipnotizaram de tal forma que parecia que o tempo tinha pausado, quebrei o silêncio contragosto falando que estava apaixonado mas talvez não tivesse sido do jeito que eu queria que parecesse, talvez ela tivesse pensado que era de outra pessoa que eu estava falando e não dela. Ela saiu do carro sem graça falando e depois entrou em casa à medida que eu ligava o carro e ia embora. 

    Cheguei indo direto para o banho frio um pouco mais longo que o normal e logo saí me arrumando para o churrasco com piscina na casa do Everton, em tão pouco tempo que cheguei no flamengo com outros jogadores nós já formamos uma grande família muito unida. Parei na frente da casa dele novamente esperando a mesma sair, a mulher trancava a porta e vinha em minha direção vestida com um short jeans com a parte de cima do biquíni verde um pouco mais claro que seus olhos os destacando ao mesmo tempo suas curvas e cicatrizes de missões antigas que lhe davam um ar sexy.

- Está linda, loira. Vamos? - Falei que ela chegou ao meu lado me fazendo sentir seu cheiro que eu queria que estivesse impregnado nas minhas roupas.

- Vamos, esquentadinho. - Falou no momento em que estrávamos no carro. Queria que ela me chamasse de moreno, igual no sonho? Queria. - Estou doida para entrar na piscina com o Guto, eu só o via por fotos na piscina. - Falou toda animada.

- Ele adora água. - Falei vendo ela sorrindo toda boba. -  Desde que você chegou nunca comentou sobre seus pais. - Falei e vi seu lindo sorriso murchar.

- Eu fui expulsa de casa com dezessete anos, não tenho contato até hoje. - Falou deitando a cabeça no banco me olhando, uma coisa que já virou rotina assim que toda vez ela entra no meu carro, ela ficar mais confortável.

-  Nossa, foi mau eu não sabia. - Falei sem graça saindo pela portaria do nosso condomínio. - Você já pensou em ir vê-los de novo? 

- Acho que eles não iriam querer me ver. Meu pai me expulsou logo depois de ser acusada de algo que eu nunca teria coragem de fazer. - Deu uma resposta meio vaga, sem especificar o assunto mas queria que ela confiasse em mim ao ponto de me contar. 

-  Não precisa contar agora se não quiser. - Falei a deixando aliviada, talvez por não ficar perguntando. - Bom....quer um açaí? - Perguntei mudando totalmente de assunto.

- Foi de 0 à 100 muito rápido. - Disse rindo. - Aceito sim.  

   Estacionei o carro de frente para um quiosque, me arrumei colocando óculos escuros e um boné preto e saímos do carro. Andamos até o atendente enquanto conversávamos animadamente, pedimos açaí puro sem esses docinhos que o estragam, voltamos para carro e quando entramos o mesmo o açaí da Ava já tinha acabado pelo copo ser bem menor que o meu. Durante todo o nosso pequeno trajeto fui parado por algumas pessoas pedindo fotos, a Ava foi incrível, com uma paciência para falar e tirar fotos das pessoas enquanto esbanjava seu sorriso perfeito , só conseguia pensar que a Rafaella sempre foi rude e fria. 

- O gulosa, quer comer o meu também? - Falei zoando oferecendo o meu, já que em pouco tempo criamos bastante intimidade.

- Tentador mas foi o suficiente, obrigada. - Falou toda manhosa soltando um riso gostoso de ser ouvido e visto. Coloquei meu copo no porta corpos e dei partida. - Quer que eu te dê? -  Disse e a olhei rapidamente e percebendo o duplo sentido que essa frase se tornou, ela apenas estava com o meu açaí em mãos.

- Isso é um plano para comer o meu? - Falei arqueando a sobrancelha desconfiado.

- Claro que não, moreno. - Falou se fazendo de desentendida e ao escutar o apelido do meu sonho sair de seus lábios eu estremeci, quase perdi o controle de mim mesmo e do carro. - Abre o bocão, bebezão. - Falou me dando açaí na minha boca.

- Não sou bebezão. - Fingindo estar emburrado tirando uma gargalhado sua antes de me dar mais uma colher de açaí. - Você que é, está toda suja de açaí. - Falei rindo a vendo corar e passei meu polegar, limpando o canto de sua boca fazendo o ar condicionado ser totalmente inútil com o calor que criamos. Fomos o caminho todo rindo e conversando, quando chegamos na casa do Everton, Ava abriu a porta enquanto ríamos andando até a área de lazer chamando a atenção de todos com nossas gargalhadas. - Cheguei família, o gostoso chegou. 

- Mas eu já estava aqui. - Rodnei fala tirando a risada de todos menos da minha.

- Claro, gatão. - Falei debochado e começamos a cumprimentar o resto do pessoal. 

- O que está rolando entre você e a Avinha? - Michael pergunta com a testa franzida.

- É estão mais próximos. - Bruno comentou desconfiado.

- Você contou?! - Gerson Perguntou animado e ao mesmo tempo chocado.

- Mentira, rápido assim? - Everton fala dessa vez.

- Dá pra vocês pararem de fazer perguntas e falarem rápido? -  Falei já perdendo a paciência por não deixarem eu responder. - Eu não falei nada, ok? Só passamos basicamente a manhã toda depois do jogo juntos. - Falei e em troca ganhei olharem maliciosos. 

- Já estão assim? - Gerson falou e reviro os olhos. 

    Começamos a conversar enquanto o Everton fazia o churrasco e parei de prestar atenção em qualquer coisa ao meu redor à não ser para babar um pouco na loira que faz meu coração gritar, a vendo com a Guto no colo sendo seguida pelos outros filhos dos jogadores. Ela usava um biquini verde, era incrível ela não ser importar com algumas de suas cicatrizes que a deixavam mais sexy, mostravam o quão forte e poderosa ela é. Ela é perfeita.

- Está babando mais que meus filhos recém-nascidos. -  Diego diz me tirando dos meus pensamentos mas não tive coragem de deixar de observa-la enquanto brincava com as crianças na piscina. - Quer chupeta também? - Perguntou rindo.

- Vocês vão ficar me zoando até quando? - Perguntei já cansado da zoação.

  CONTINUA....

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