Capítulo 20.

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P.O.V Noah Urrea.

Quando a Sina disse que me amava eu não ponderei por um segundo que fosse realmente sério, suas palavras foram um golpe no meu coração que já está mais do que rendido por essa mulher, de quatro por ela é pouco, estou a seus pés... Mas nada disso apaga meu vacilo, fiquei tão cego de ódio que não enxerguei as coisas como elas são, me rendi ao ciúmes e estraguei tudo com, fiz o que eu disse que não iria fazer: magoa-la.

— Bom cara, acho que essas coisas são suficientes, trouxe suas roupas básicas, para facilitar na hora de vestir. — Bailey trouxe algumas coisas minhas do meu apartamento, desde que a Sina impôs que eu vou ficar com ela nesse tempo de recuperação, não sou eu quem vou contra a palavra dela. — Eu coloquei suas malas ali, tudo certo? Se precisar de algo a mais é só me ligar — Ele senta ao meu lado e eu assinto.

— Valeu cara, valeu mesmo.

— Que cara é essa Noah? Sei que não são só os machucados. — acho que nem mesmo um velho ranzinza, resmungaria tanto quanto eu ando resmungando nos últimos dias.

— A única coisa que eu quero é ter ela de volta. — Sina conversava com alguém no telefone distraída e alheia aos nossos olhos. — Mas as coisas não são bem assim, quem mandou ser um otário não é?

— Jamais pensei que um dia eu fosse te ver assim por alguém. — Bailey ri e fica sério de repente ainda olhando para a minha mulher. — Mas da para entender, olha o tamanho daquela bun...

— É melhor você não completar essa frase, limão. — Uso a mão boa para dar um soco em seu braço, mas eu que acabo sentindo dor. — Ai porra!

— Hahaha, otário, desculpa... Mas, se você está aqui, com ela, na casa dela, isso já quer dizer alguma coisa não é? Não foi ela quem pediu que você ficasse?

— Sim, ela disse que está fazendo isso porque me ama. Como ela pode me dizer isso mesmo depois de tudo o que eu fiz?

— Amar é isso Noah... é passar por cima do orgulho e de qualquer outra coisa pelo outro. Mesmo que você tenha sido um tremendo vacilão, ela não iria largar você de mão assim, ela é especial. — Aquiesço todo amuado. — Faça com que Sina te perdoe, se ela realmente te ama ela vai fazer isso.

— Você acha? — engulo em seco temendo que talvez isso não aconteça nunca. — Acha que ela vai me perdoar?

— Tenho certeza cara. — Ele se levanta quando Sina entra no quarto e sorri para ela. — Bom, eu já vou, se precisar de algo é só me ligar.

— Mas já? Fique para um café. — Ela diz sorrindo.

— Ah, não, o bar estará sob a minha responsabilidade nos próximos dias, eu tenho que cuidar bem dele — Bailey me olha e eu semicerro os olhos.

— Exatamente, se não... — Passo um dedo no meu pescoço imitando um corte e ele ri.

— Vou acompanha-lo até a porta. — Sina diz indo na frente, antes de sair Bailey se vira me olhando e fazendo um gesto esquisito, até que eu noto que ele está se referindo ao tamanho da bunda de Sina, lanço uma almofada que não agarra nele e o idiota sai rindo.

Babaca, espera só até eu estar bem de novo.

Começo a refletir nas palavras de Connor, talvez ele esteja certo... Mas como vou fazer alguma coisa fodido desse jeito? Se antes não estava dando certo, imagine agora...

Que Deus me ajude.

•••

Tentação... Ninguém sabe o que é passar por isso melhor do que eu nesses últimos três dias. Ninguém faz ideia do que é ver Sina desfilando de baby-doll, — curtíssimo demais para a minha sanidade —, para lá e para cá, de lingerie, de toalha todos os dias, chegando perto da minha cara e quase esfregando aqueles peitos em mim na hora de me dar alguma coisa, sem contar o fato de que dormimos na mesma cama e que as vezes sua bunda é a primeira a me dar bom dia, eu estou a um fio de ter um caso sério de bolas azuis.

Romance | NoartTempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang