Capítulo 56 (ÚLTIMO)

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"Meu verso acabou-se agora,Minha história verdadeira.Toda vez que eu canto ele,Vêm dez mil-réis pra a algibeira.Hoje estou dando por cinco,Talvez não ache quem queira."

E se não há quem queira pagar, peço pelo menos uma recompensa que não custa nada e é sempre eficiente: seu aplauso.

(O auto da compadecida - Ariano Suassuna)

É o fim gente! Boa leitura e interajam sobre o que acharam, não se esqueçam de ler os agradecimentos! E bom, sempre é eficiente: seu aplauso!

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FELIPE

Acho que talvez eu já disse algo assim ou Biel, mas era fato, como mágica dezembro já ia para metade... No próximo fim de semana a maioria dos nossos amigos viajariam e ficaríamos um bom tempo sem vê-los, ao menos eu tinha a certeza que seria pouco, porque ninguém se mudaria, todos ficariam no estado mesmo, só que eu e Gabriel? Não sabíamos, estávamos deixando acontecer, imagina nos preocupar, brigar, enfim, tudo isso e no fim, sequer passarmos? Era loucura, nem pensávamos na possibilidade de só um se mudar e o outro ficar, era muito pra gente, só que algo me dizia que a gente já tinha a resposta e isso estranhamente me deixava calmo.

Não acredito que sejamos tão clichês assim...

Apesar disso, a ansiedade era visível em todos os novos formandos, pois os resultados só viriam ano que vem, ou seja, não havia mais o que fazer, mesmo com muitas decisões a serem tomadas! Muitas mesmo! Chegava ser loucura, por isso, combinei com os meus pais e os gêmeos também que tudo seria resolvido no momento em que víssemos os resultados em março! Enquanto isso a gente ia descansar um pouco, foi um ano muito cheio, talvez o mais cheio em toda a minha vida, mas se não considerar Itomé, é claro...

Com certeza depois disso anos de tédio com Biel era tudo que a gente queria, calma e rotina, acho que aprendi a gostar disso, me descobri mais caseiro do que pensava. Além disso, Gabriel ficava falando que estava feliz por finalmente poder ser mais caseiro sem ser julgado, apenas ríamos e nos divertíamos, era bom...

Então naquela semana, depois de nossa formatura, eu estava com Gabi, Enzo e meu pai que me ensinavam a dirigir, era muita gente? Sim e eu avisei, eles ligavam? Não! Mas de algum jeito estava dando certo, tanto que seu Fernando me dava dicas quando eu visitava meu namorado, até Thi e Ric tinham entrado nessa (obviamente não juntos). Assim em janeiro todos nós íamos fazer auto escola e eu já estava ansioso pela carteira, para os gêmeos era só um documento bobo e eu já podia imaginar eles pegando um do outro pra sair se sumissem com a própria.

Enfim, era normal...

A gente até combinava de viajar com nossos amigos, talvez ano que vem, fazer algo diferente, não sei. Era legal e assustador ter essa nova perspectiva e o tamanho dos anos que estariam por vir! O que faríamos? Quem seríamos? Eu não sei, mas íamos descobrir! Talvez a gente se afastasse pelas novas rotinas, só que como o meu namorado falava, o sentimento não iria embora fácil assim, não sabia como podia ser, mas aquelas pessoas que me apoiaram tanto que o sentimento não morreria nem assim, apenas seria diferente... E eu tinha impressão que ficaria ainda mais próximo de outras pessoas! Thi e Ric com certeza não tinham os mesmos amigos da época da escola, só que meus sogros, sim, então acho que vai da história e de pessoas. Com certeza queria saber como seria conosco...

Dezembro era o mês favorito dos gêmeos, de forma que tenho muitas memórias com eles pirando sobre isso, diziam que até era o mês do aniversário deles, nunca só uma data, eu sorria só de lembrar da animação dos dois, já que como o aniversário deles é literalmente no natal, eles tinham várias mini comemorações e surtos durante o mês. Na real uma das primeiras memórias que tenho disso, é de um Enzo de 6 anos explicando com o irmão para mim que as decorações de natal eram para os dois e não para o papai Noel!

A Nossa Vez De Ter Uma História (FINALIZADA)Onde histórias criam vida. Descubra agora