A Nossa Vez De Ter Uma História (FINALIZADA)

Capítulo 32

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GABRIEL

Por sorte, o fim de semana foi até bom, de forma que junto com meus irmãos decidi chegar cedo na escola e pegar um bom lugar na sala, assim enquanto caminhava pelo corredor percebia leves olhares e entendia o motivo daquilo. Afinal, olhei o Twitter de manhã cedo, o que me fez fazer Paula prometer que não olharia, ao menos os comentários não eram tão cruéis e destruidores assim, apenas preconceituosos e duvido que a maioria falaria na cara dela, ainda mais que quase todas as contas eram falsas. Felizmente, a morena nunca foi de olhar muito as redes sociais, então isso não atingia tanto e ler apenas alimentaria sentimentos negativos, além disso ela estava feliz conosco e sabia que aquilo aconteceria.

É muito triste ver que ela estava acostumada a viver em meio a sentimentos negativos, congruente a isso era tão ruim me ver dentro dela... Mesmo que eu não possa entender a situação, ao menos com o nosso apoio, ela parecia mais forte. Mas de qualquer forma ver pessoas dispostas a acabar com um sorriso, não era nada agradável para uma segunda de manhã.

Tem pessoas que são estrelas que te ajudam a passar pelos momentos mais escuros da vida, já outras eram buracos negros, talvez tivessem esperança de serem felizes se sugasse alegria o suficente de alguém... Eu sei, clichê, mas é o meu pensamento.

Enfim, cheguei na sala e guardei os lugares para os meus amigos, enquanto o Enzo fez mesmo na parede oposta à minha, de forma que Lipe chegou logo em seguida e logo nos aproximamos para um selinho. Assim que percebemos o que faríamos, sorrimos sem graça e nos encaramos, além de um abraço pouco íntimo. Ao menos está ficando fácil fingimento, mas eu não gostava disso, sei lá, era só um selinho, nada demais...

- Quase - ele riu sem graça - não sei como eu esqueci.

- É que eu sou irresistível - brinquei pra tirar um sorriso feliz dele e deu certo - pelo menos ninguém viu e não deu pra perceber, mal chegamos perto, bom dia príncipe - sussurrei baixo e o garoto disse o mesmo animado para depois ir colocar a mochila no lugar em que o amigo tinha guardado.

Logo vi Arthur e Marcos chegando, o que me fez notar os sorrisos imensos que os dois carregavam. Consequentemente, vi André e Amanda chegando de forma que já os cumprimentei em libras e um abraço ao puxá-los para conversar.

- Vocês viram os olhares, né? - disse em libras meio triste e os dois concordaram - acho que seria legal esperarmos Paula lá na frente...

- Para que ela não enfrente tantos olhares sozinha - Amanda me completou e concordei sorrindo, já André nem esperou, apenas nos puxou e começamos o longo percurso até a frente da escola. Sinceramente dessa vez nem vi os olhares, apenas me concentrei em chegar lá.

Consequentemente, ficamos conversando e esperando Paula, de maneira que a garota logo chegou na camionete gigante do pai e correu até nós para nos abraçar feliz. Por isso, entramos na escola sorrindo e até calmos conversando, apesar de estarmos tentando distrair Paula, pois nós sabíamos que ela percebeu que os sussurros aumentaram no momento em que ela entrou, além das pessoas encarando "disfarçadamente", eu odiava Momus naquele momento. Se eu estava me sentindo como um animal no zoológico, imagine ela que era o principal alvo dos cochichos. Desse modo, chegamos na sala, o que pareceu ter demorado milênios, ao menos o caminho todo andamos sorrindo e Paula parecia tranquila, como se já esperasse.

Assim a garota colocou a mochila no lugar que eu tinha guardado, pois a sala já estava enchendo. Depois disso fomos falar com os garotos e Paula deu um selinho no namorado que não parava de sorrir, consequentemente nesse momento todo mundo olhou pro grupo e começaram a cochichar, mas os dois estavam nem aí de forma que todos nós também ficamos, afinal o casal estava feliz.