Capítulo 29

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GABRIEL

Mais uma semana tinha passado e as coisas estavam tranquilas, apesar da ansiedade que corroía Enzo, Gi, Thom e Cecil, pois hoje vai ser o grande jantar com os meus avós no apartamento dos Oliveiras e obviamente eu estava muito animado para isso (alta ironia nessa frase). Sei lá, machuca saber que Felipe não podia participar desse momento, por esse motivo tínhamos passado muito tempo juntos naquela semana, tanto que ele dormiu aqui alguns dias e jantou aqui a semana inteira, acho que estávamos tentando compensar...

Pelo menos, eu estava me sentindo mais tranquilo e preparado para o que ouviria essa noite, visto que conhecia minha família (vocês vão entender). Ao menos Felipe tinha saído daqui há algumas horas e digamos que ele ajudou a me acalmar...

- Devem ser eles - levantei do sofá fingindo animação quando ouvi a campainha (meus avós tinham passe livre no apartamento). Assim, minha família e cunhados se levantaram sorrindo do sofá, onde conversávamos, para receber meus avós na porta e finalmente jantarmos a comida que já estava pronta preparada pela minha mãe, pois os convidados tinham se atrasado (velho não tem pressa às vezes). Logo, coloquei meu melhor sorriso falso e fui abrir a porta.

Minha oitava face?

Não me entendam mal, eu amo meus avós e sentia saudade, quer dizer, apenas da minha avó, a qual eu costumava ligar bastante para conversar, porque se pudesse escolher eu não veria meu avô, o que era uma pena, já que eu amava a Cora longe dele. Ao menos meu pai também não gostava de receber o pai em casa, de forma que aquele jantar tinha sido implorado pela mãe ao saber que os netos estavam namorando.

De qualquer forma, eu sabia que Seu Oliveira primeiro podia se comportar de uma maneira não muito agradável junto com minha tia e pai (ao menos minha tia mora em outro estado e mal a vemos, porque nossa mãe não gosta dela), tanto que me sentia mal por me sentir mal (isso faz sentido?). Dessa maneira, sabendo que o jantar seria pra conhecer Cecil e Thom, com certeza não seria muito legal pra mim, porque sempre pegam no meu pé, por causa do meu gosto, roupas, livros, garotas que eu ficava, peso, hábitos, simplesmente tudo! O que acarretou na porra dessa ansiedade e inseguranças dentro de mim mim, apesar de muito dessas coisas sequer fazerem sentido!

Pelo menos as vozes que eles deixavam na minha cabeça se dispersavam cada vez mais rápido, pois essas vozes dentro de mim doem muito mais do que quando as frases saem na boca das pessoas, não sei explicar é como se fosse a própria ansiedade tivesse falando por eles. Por isso, apenas esperava que meus avós não conseguissem alimentar essas vozes e eu as domasse cada vez melhor!

- Vovó! Senhor Oliveira! - meu avô não gostava de ser tratado sem o devido respeito (uma regra que tinha começado a ser mais aplicada comigo, acho que eu era o único a não chamá-lo de avô frequentemente), conforme avisamos ao novato, ao menos minha avó era carinhosa, na verdade ela é a típica esposa submissa e às vezes chego a achar que ela gosta disso (sei lá, eu não gosto da forma que ela é tratada, mas isso nunca é discutido, é o nosso você-sabe-quem) - Vocês chegaram! - falei animado abrindo a porta ao ver dois idosos em torno dos 70 anos mais baixos que eu com os braços entrelaçados e sorrindo para nós.

Meus avós tinham cabelos loiros, quando novos, mas agora estavam com eles totalmente brancos (pois meu avô nunca deixou a senhora Oliveira pintar, sei lá, porquê, porém ela aceitou de bom grado, ainda bem que minha mãe não é desse jeito e bate de frente com o meu pai, ao menos eu nunca vi ele sendo desrespeitoso com a minha mãe, não sei como...) e os olhos do patriarca Antônio eram verdes e os da Cora azuis, realmente pareciam dois velhinhos fofos, uma pena que essa não é a realidade pro patriarca Oliveira... De forma que eram os pais do meu pai, já que minha mãe é órfã.

A Nossa Vez De Ter Uma História (FINALIZADA)Where stories live. Discover now