PRÓLOGO💞

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   AVA 

   Me chamo Ava Albuquerque, esse sobrenome carrega uma grande empresa nas costas, que meu pai comandava em 2006, quando eu tinha 17 anos. E foi por causa dela que eu diria que perdi minha família, juntando principalmente com um acontecimento que fui dada como culpada por eles. Meu pai já não era uma pessoa muito fácil nessa época e ainda mais quando você tinha 2 irmãs mais velhas que estavam estudando para algum dia comandar aquela empresa e eu querendo ir para uma escola militar, fui totalmente fora dos padrões da minha família. Meu pai dizia que o exército não daria em nada, não era para mim mas sendo verdade ou não, eu nunca desistiria. Nessa época minha irmã Agatha, de 23 anos, estava grávida do filho do dono de uma empresa ridiculamente famosa, obviamente ela não namorava com com ele por amor e sim pelo dinheiro, foi assim que minha mãe as ensinou. Minhas irmãs me odiavam, eu não tenho certeza do porquê mas eu não sabia que elas me odiavam ao ponto de me culpar por uma coisa que eu jamais faria, que seria empurrar a minha irmã da escada para que ela perdesse seu filho e terminasse o seu namoro, que no caso eu diria que era de fachada. Obviamente que na época eu  a vi se jogando da escada e logo em seguida meus pais entrando pela porta bem na hora me avistando no topo da escada, logo deduziram que foi eu que empurrei minha irmã, isso era tudo que elas queriam, meu pai sempre falava que eu  tinha um grande futuro na empresa mas claro que ele falou antes de descobrir que eu queria ser militar porque depois disso eu fui dada como uma vagabunda. As duas tinham planejado certinho, era impressionante quando era para fazer mal elas pensavam direito. Eu tenho pena do meu pai, acho que com toda certeza que elas irão falir aquela empresa. Elas conseguiram calcular o tempo que eles chegariam, onde eu estaria, tudo. Meus pais viram aquela cena, minhas irmãs me acusaram e meu pai sem esforço nenhum falou para mim tirar tudo que eu tinha da casa dele porque aparentemente eu tinha matado o filho da Agatha, até hoje eu não sei se ela estava realmente grávida, ela odiava a ideia de estragar seu corpo perfeito siliconado por um ''monstro'', uma ''coisa'', era como ela chamava as crianças. Eu fiquei o mais forte possível na frente deles escutando todas as palavras que eles falavam, todos aqueles insultos, eu segurei para não deixar uma lágrima cair, nenhuma escorrer. A única coisa que eu fiz foi ficar dois minutos parada olhando na cara deles pensando como decepcionante foi ver eles falando tudo que estavam guardado por anos. Depois que escutei tudo eu subi peguei todas as minhas coisas sem exceção, porque eu jurei para mim mesma que eu nunca mais iria pisar naquele lugar, nem se eu morasse debaixo da ponte e tivesse que voltar para casa. Quando desci as escadas com quatro malas grandes e uma bolsa que tinha o dinheiro das minhas mesadas acumuladas desde os meus 10 anos que eu guardava. Quando cheguei ao pé da escada via as minhas irmãs  sentadas no sofá com um sorriso mais nojento que já tinha visto em toda minha vida, eu achei que pelo menos a minha mãe ia fazer algo para impedir mas ela ficou parada, não disse nada, ela não me deu nenhum adeus. Ao invés disso ela assistiu meu pai me dar um grande tapa estalado em meu rosto tirando um fio de sangue do canto da minha boca. Nessa hora foi a primeira vez que eu vi minha mãe ficar com pena de mim. Eu parei no meio do hall da casa  olhando para os meus pais com meu olhar misturado com ódio e decepção pelos dois não acreditarem em mim, eu os olhei e disse: '' Se algum momento, a partir de agora vocês me encontrarem não falam e não olhem para mim, eu tenho vergonha de vocês. '' puxei minhas malas e fui para a porta, já tinha pedido um táxi, estava pronta para ir para o aeroporto e pegar um voo direto pro Rio. Nesse meio tempo eu tinha me despedido do Everton e da Marília, foi difícil mas eu tinha que seguir meu sonho e assim como eles estavam seguindo os deles. Treze anos depois eu ainda não tinha os vistos desde 2006, eu não fico tão chateada mais. Eu não tenho nenhuma notícia deles, nada, não sei nem se alguém morreu ou sei lá, só não tenho interesse. Estou bem do jeito que eu estou mas também não sei como isso vai acabar.

CONTINUA....

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