Cap. 40

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Cheguei na piscina, a brisa fria e salgada do mar fez meus pelos se arrepiarem, me abracei olhando ao redor.

O convés onde algumas horas atrás estava cheio de pessoas, música e luz, agora só as luzes da piscina estavam acesas, consegui ver Mark sentado na borda, com os pés na água, sua calça estava na água também, ele nem se deu ao trabalho de levantá-la.

Andei até ele, me sentando ao seu lado, colocando os pés na água também.

Seus cabelos estavam bagunçados como sempre, mas seus olhos estavam vazios, olhando para a água da piscina, uma gaze estava enrolada em sua mão que antes estava sangrando.

- Me... me desculpa.

Sua voz saiu rouca, seus olhos encontraram os meus, balancei a cabeça.

- Mark, não precisa...

- Preciso, linda. - ele me interrompeu, segurando minha mão - Desculpa por ter acabado com a festa, por ter sido um babaca com você, por ter gritado.

Dei um sorriso, segurando sua mão, mas algo estava martelando em minha cabeça.

- O que aquele mordomo fez para você? Por que não gosta dele? - o moreno soltou minha mão, voltando a olhar a água da piscina - Você me pediu sinceridade Mark, esperava que ambas as partes deveriam ter sinceridade, se quisermos realmente ter um relacionamento.

Ele arqueou as sobrancelhas, como se argumentasse com si próprio se deveria me contar ou não. Então suspirou, começando a falar:

- Edgar o nome dele, ele sempre trabalhou na casa dos meus pais, era o chefe dos outros mordomos e das arrumadeiras, ele quem fazia o contato entre meus pais e o resto da casa. Até que um dia peguei minha mãe em seus braços...

Arregalei os olhos, como essa família tem segredos! Mark continuou a contar.

"Não conseguia entender, minha mãe tinha que amar meu pai, tínhamos que ser 'uma família normal' sem casos com mordomos, prometi não contar para ninguém se ela prometesse parar com aquele ato imediatamente, para tudo voltar ao normal, como tinha que ser, mas não voltou, aquela cena reaparece na minha cabeça toda vez que o vejo, pedi para minha mãe despedi-lo, mas ela alega que ele não teria outro emprego, então perco a cabeça toda vez que o vejo perto dela."

O moreno parou de falar, retornando seu olhar para a água da piscina, suspirando profundamente, o puxei pata um abraço, tão forte que quase caímos na piscina, Mark realmente confiava em mim e eu partiria seu coração mais cedo ou mais tarde.

- Obrigada por me contar, querido.

- Eu confio em você. - a voz dele saiu abafada perto do meu ouvido - Vic, eu realmente confio em você.

Meu coração acelerou com aquela frase, me afastei do abraço, observando que seus olhos estavam marejados, suspirei, passando as mãos em sua nuca, o puxando gentilmente para mais perto, dando um beijo quente em seus lábios.

Começamos um beijo ardente, sem dúvidas, mas a pureza em nossos sentimentos era sincera, estávamos entregues, estávamos apaixonados e juntos. 

Me afastei lentamente o observando com devoção e carinho, com um sorriso ingênuo em meus lábios. Não havia dúvidas, eu o queria mais que tudo naquele momento.

- Mark... - sussurrei, o moreno acenou com a cabeça confirmando que estava escutando - faz amor comigo?

Seus olhos arregalaram, senti seu coração acelerar pela proximidade.

- O-o que?

Sua voz falhou, passando as mãos em minha nuca com carinho, pedindo silenciosamente que eu repetisse.

- Agora, quero fazer amor com você agora.

Um sorriso de canto apareceu em seus lábios, ele concordou com a cabeça, se levantando me dando a mão para me levantar.

♡︎♡︎♡︎

Nossas mãos entrelaçadas selavam o silêncio que permaneceu até chegarmos no nosso corredor, era tarde da noite então não havia quase ninguém acordado no navio.

Estavamos a poucos metros de nossa cabine quando Mark segurou meu braço me puxando para mais perto pressionando seus lábios contra os meus em um ato cheio de paixão mas não aprofundou no beijo, apenas deslizou sua língua de encontro á minha com total gentileza e paciência, explorando e provando da minha boca, havia um sorriso em seus lábios.

Continuamos com passos lentos e mãos entrelaçadas, não havia pressa na nossa cumplicidade, o moreno parou por um segundo quando abri a porta da cabine.

- Por favor, entre, querida. - ele sussurrou arrastado, eu fiz sem demora, enquanto ele me acompanhou para dentro, me aconcheguei em seu peito, fechando a porta com mais pressa do que tinha planejado, ele me acolheu entre seus braços, suspirando - Você é tão linda, Victoria Justine. 

- Você é tão lindo, Mark Briggs.

Sem cerimônia ele tomou meus lábios, tirando meu roupão, passando as mãos em baixo da blusa de seda, senti seus toques suaves me arrepiarem por inteira, passei as mãos em sua blusa, desabotoando cada botão devagar, até sua barriga pouco definida se mostrar para mim, mordi meu lábio inferior, demostrando minha excitação, logo o moreno estava nu em minha frente, não parecia envergonhado nem vulnerável.

Ele passou as mãos na barra da minha blusa do pijama, a tirando com delicadeza, beijando suavemente do meu pescoço ao final da minha barriga, suas mãos em meu corpo me faziam alucinar.

Suas mãos foram para meu shorts, o atirando longe, andei em passos lentos até a porta da varanda, que estava fechada, observando o mar pelo vidro, enquanto o moreno me observava.

- É uma linda noite não acha?

O moreno deu passos lentos em minha direção, me abraçando por trás, abrigando sua ereção em meu cóccix, me pressionei mais ainda contra o seu corpo, sentindo suas pulsações.

- Sim, a noite está linda, mas você... - o fitei pelo reflexo do vidro, - você é a perfeição, a lua deve estar morrendo de inveja.

- De uma impura profana como eu, estar aqui nua, com um homem lindo como você. O que a lua deve estar pensando dos nossos corpos assim bem ao alcance dos olhos dela?

Eu mantinha os olhos nos dele pelo reflexo, me inclinando sutilmente contra o vidro da porta, consegui ver em seu rosto um sorriso.

- Não faço ideia do que ela está pensando, mas eu quero mostra-la quem é minha mulher.

Sua voz ecoou grossa pela cabine, como uma ordem, dei um sorriso largo, ele se agachou, passando as mãos em minhas pernas, seus dedos alcançaram as laterais da minha calcinha, descendo a fina peça até meus pés que alternei em levantar para que ele tirasse.

Se levantou me abraçando novamente, me inclinei contra o vidro, empurrando minhas carnes contra seu membro, levei minhas mãos até o alto das minhas coxas, bem a altura da virilha, afastando meus lábios umedecidos, dando passagem para ele me penetrar.

Senti seu pênis entrar em minha fenda, levei a mão ao vidro, me apoiando para recebê-lo por completo, gemendo baixinho.

Uma corrente elétrica atravessou meu corpo quando o senti entrar até o fim, nós dois gememos arrastado.

Então o moreno se dedicou a movimentar o quadril em investidas lentas e firmes contra mim, meu corpo amolecia mais e mais, batalhando por resistência.

Enquanto a lua nos realmente testemunhava em um ato de paixão e excitação.

Adormecemos com nossos corpos entrelaçados, nada mais importava, nem meu trabalho, segredos, até mesmo Flynn não importava mais, apenas nós em um só.

Onde eu fui me meter?Onde as histórias ganham vida. Descobre agora