40 - Extra

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"𝐿𝑎𝑐̧𝑜 𝑑𝑒 𝑐ℎ𝑎𝑛𝑡𝑖𝑙𝑙𝑦, 𝑢𝑚 𝑟𝑜𝑠𝑡𝑜 𝑏𝑜𝑛𝑖𝑡𝑜
𝐶𝑜𝑚 𝑢𝑚 𝑟𝑎𝑏𝑜 𝑑𝑒 𝑐𝑎𝑣𝑎𝑙𝑜 𝑝𝑒𝑛𝑑𝑢𝑟𝑎𝑑𝑜
𝑇𝑒𝑚 𝑎𝑞𝑢𝑒𝑙𝑒 𝑟𝑒𝑏𝑜𝑙𝑎𝑑𝑜 𝑎𝑜 𝑎𝑛𝑑𝑎𝑟
𝐸 𝑢𝑚 𝑠𝑜𝑟𝑟𝑖𝑠𝑖𝑛ℎ𝑜 𝑎𝑜 𝑓𝑎𝑙𝑎𝑟 𝑞𝑢𝑒 𝑓𝑎𝑧 𝑚𝑒𝑢 𝑚𝑢𝑛𝑑𝑜 𝑔𝑖𝑟𝑎𝑟
𝑁𝑎̃𝑜 ℎ𝑎́ 𝑛𝑎𝑑𝑎 𝑛𝑜 𝑚𝑢𝑛𝑑𝑜 𝑐𝑜𝑚𝑜 𝑜𝑠 𝑜𝑙ℎ𝑜𝑠 𝑔𝑟𝑎𝑛𝑑𝑒𝑠 𝑑𝑒𝑠𝑠𝑎 𝑔𝑎𝑟𝑜𝑡𝑎
𝑃𝑎𝑟𝑎 𝑚𝑒 𝑓𝑎𝑧𝑒𝑟 𝑎𝑔𝑖𝑟 𝑑𝑒 𝑢𝑚 𝑚𝑜𝑑𝑜 𝑡𝑎̃𝑜 𝑒𝑛𝑔𝑟𝑎𝑐̧𝑎𝑑𝑜
𝑒 𝑚𝑒 𝑓𝑎𝑧𝑒𝑟 𝑔𝑎𝑠𝑡𝑎𝑟 𝑡𝑜𝑑𝑜 𝑚𝑒𝑢 𝑑𝑖𝑛ℎ𝑒𝑖𝑟𝑜"
— 𝐶ℎ𝑎𝑛𝑡𝑖𝑙𝑙𝑦 𝐿𝑎𝑐𝑒, 𝐵𝑖𝑔 𝐵𝑜𝑝𝑝𝑒𝑟


— Está vendo todo esse terreno? — pergunto com calma. — Até lá na frente, onde tem a loja de roupas.

— Estou. — A resposta tem uma seriedade que me faz sorrir.

Mordo os lábios antes que ela veja.

— Tudo é nosso — informo solenemente.

— Quanto é meu e o quanto é seu?

Pisco os olhos, surpreso.

— Não temos essa divisão, Leãozinho. É meu e seu, tudo junto. Da família toda.

Meu filho me dá um olhar desdenhoso.

— Isso não é muito inteligente da sua parte.

— Que tipo de coisa sua mãe está te ensinando, Alp?

— Não posso dizer. — Ele me dá um sorriso irresistível. — Uma das coisas é saber manter segredo.

Bufo, fingindo irritação.

Alp é a pessoa mais calma em toda a família. Desde a primeira vez que abriu seus lindos olhinhos, tão parecidos com os da mãe, ficou claro que seu jeito tranquilo e tímido tomaria meu coração.

Seis anos depois, continua sendo assim. Sinceramente, não achei que eu e Eda iríamos produzir uma criança tão... serena. 

É por isso que fico imediatamente preocupado com a influência de minha esposa em minha princesinha. É claro que isso não seria tão ruim assim, penso ao ver Kiraz correr pela calçada até mim.

Minha menina é uma mistura descarada de todas as minhas características e as de Eda: impulsiva e inteligente como a mãe; impaciente e mandona como eu.

— Papai! — Ela já grita ao me ver. Depois para e recupera o fôlego antes de concluir: — Fiz uma descoberta que vai deixar você louco! Lou-co!

Alp se remexe curioso.

Não consigo me concentrar por um segundo porque ela está banguela e quando diz papai é a coisa mais preciosa do mundo.

— Duvido muito, você sabe que poucas coisas me deixam louco... — Caminho até Kiraz e pego a sua mão. Ela tende a desaparecer se eu não prestar atenção.

— É verdade — Alp soa contemplativo.

— Isso vai mudar tudo — Kiraz promete, levantando o queixo. — O curso da sua vida inteira.

— É mesmo? — provoco.

Ela acena veemente.

Aperto sua mão pequena, escondendo um sorriso. Deixo que minha filha me leve até o final da rua, onde fica o terreno que estou interessado. O assistente da imobiliária disse que um dos funcionários iria me esperar para mostrar os detalhes do local.

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