23 - Eda

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Oii meus lindos e lindas, dessa vez coloquei uma musiquinha na capa do capítulo, ela é bem significativa pra série e ela também vai significar muito pra Eda aqui de Sem Honra.



— Você precisa ficar bem quietinho.

— Eda, essa é a minha casa — Serkan resmunga em meu ouvido — não preciso entrar furtivamente na minha casa.

Olho para trás, irritada.

Agora, precisa.

— Eda...

— Minha camisa está rasgada, estou descabelada, suada e toda mordida! E você arrebentou os botões da minha calça, rasgou minha calcinha — listo, sussurrando. — Seus funcionários já sabem que a gente estava transando naquele corredor, Serkan. Não vou permitir que os nossos convidados também descubram! Eles não podem nos ver, ok?

Os lábios dele se contorcem.

— Não há nada de errado com a sua aparência — diz, me fazendo revirar os olhos. — Você está apetitosa, amor.

Viro-me para frente, não querendo que ele veja meu sorriso.

— Ah, querido... não posso dizer o mesmo sobre você — enfim respondo, agarrando sua mão e o puxando para dentro da casa.

Serkan bufa atrás de mim, mas coopera.

A porta da entrada range ao passarmos por ela, o que não tem cabimento. A maldita nunca — nunca! — fez isso em todos os dias que passei nessa casa. Felizmente, ninguém escuta e corre para nos pegar no flagra. No entanto, a dificuldade continua. As luzes da sala estão acesas, me deixando alerta.

— Vamos para o seu quarto — Serkan diz atrás de mim, e eu dou-lhe um olhar afiado. Ele não pode falar baixo?

— Vamos — concordo, contrariada.

Passamos pelo corredor e...

Encontramos Melo na entrada da cozinha, virada de costas para nós.

Solto um murmúrio de desespero e os próximos acontecimentos acontecem em um flash: Serkan se inclina para mim e me joga por cima de seu ombro no momento em que minha amiga se volta para trás.

— Eda? — Melo chama, assustada.

— Ela está ótima — Serkan responde por mim, porque perdi o ar. — Amanhã vocês conversam. Muito obrigado pela ajuda hoje, não vou esquecer disso. Boa noite, Melo.

Ele então me leva para o corredor do meu quarto, tomando cuidado para não machucar minha perna. Enfio o rosto em suas costas para esconder as risadas.

— Boa noite... — escuto Melo dizer ao longe — eu acho...

Quando chegamos na porta do quarto, minha barriga dói de tanto segurar o riso. Serkan me coloca no chão e tenho que me apoiar em seu corpo para não cair enquanto rio até ficar mole.

— Você deveria ter visto o rosto dela... — Serkan provoca, me puxando ainda mais para si.

Agarro sua camisa, me aconchegando em seus braços.

— Pare de me fazer rir! — imploro, sem força.

Nem foi tão engraçado.

Mas bem... Serkan, todo sisudo e teimoso, fazendo uma coisa tão ilógica dessas porque eu o coloquei nessa situação... isso tem certa graça, sim. E meus nervos estão em frangalhos, o que significa que não tenho controle sobre os meus humores agora.

Sem Honra | EdserWhere stories live. Discover now