• 🌧 || 42. risada

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COLE SPROUSE

Já era o dia seguinte. Estava nevando, muito. Eu temia de que a escola fechasse hoje por conta da neve, mas nenhum e-mail fora enviado, o que me fez ficar sem opção.

Assim que me visto devidamente para o clima lá fora e pego minhas coisas. Desço as escadas sem querer fazer nenhum tipo de barulho. Eu poderia ter que ir a escola, mas Lolla com toda certeza ficaria em casa. Sortuda.

Entro no carro com muita dificuldade e começo a dirigir, mais devagar que o normal, em direção a escola.

***

Os dez minutos que sempre levo se tornaram hoje quarenta minutos. Cheguei mais do que atrasado na aula.

Eu corro em direção as escadas, na intenção de não querer perder mais nada da matéria de hoje. Sociologia era o período de agora, todo mundo sabe como o professor de Sociologia era. Um pé no saco resmunguento. Não tinha ninguém ali que ele não tinha perdido a paciência e simplesmente mandado a diretoria.

Com muita calma, bato na porta de leve e espero ele autorizar minha entrada. Com um resmungo, sei que posso entrar e vejo a sala mais vazia. Franzo as sobrancelhas e cumprimento o professor, que me olha com raiva.

Rapidamente procuro um lugar pela sala e sei que hoje era meu dia de sorte. Havia um lugar exato ao lado de Lili, que fazia de tudo para que eu não percebesse.

Ando até lá e jogo minha mochila no chão e me apoio na mesa.

— Posso sentar aqui? — Lili ergue seus olhos raivosos e minha direção e faz uma careta.

— Você vai sentar aqui de qualquer jeito. — Ela revira os olhos e volta a copiar alguma coisa no caderno. Concordo com a cabeça e me jogo na cadeira, cruzando os braços. Essa seria a aula perfeita para me aproximar dela.

Depois de uns dez minutos só copiando matéria e escutando o pé no saco, o professor se vira e aponta para alguém no fundo da sala.

— Montreal? — Ele fala e um menino mais novo levanta as sobrancelhas. — Pegue um das palavras e coloquei no quadro e me explique.

— Ahn... — Ele se levanta e encara o quadro. — Indulgência é a característica de quem é indulgente, ou seja, que tem facilidade para perdoar erros cometidos pelos outros.

O professor concorda. Olho rapidamente para Lili e a veja desenhando alguma coisa no caderno.

— A onde você coloca isso em prática?

— Talvez no dia a dia? — O menino dá de ombros. — Sei lá, talvez... alguém cometeu algum tipo de erro com o namorado...?

— Isso, isso. Continue.

— E ele consegue ser indulgente e perdoar, apesar de ser um erro não muito legal. — O professor concorda, satisfeito mas querendo algo a mais.

— Obrigada. — O menino se senta e o professor escreve alguma coisa no quadro. Nesse meio tempo me inclino na direção de Lili e sussurro:

— Você não é indulgente. — Ela ri de leve.

— Sem se eu quisesse. Inclusive com você. — Arregalo os olhos e volto a me sentar direito.

storm.Where stories live. Discover now