• 🌧 || 20. aniversário

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LILI REINHART

Acordo escutando passos dentro do meu quarto. Resmungo e olho para o outro lado, tentando, somente tentando, voltar a dormir. Mas a querida pessoa abre a janela.

— Parabéns pra você! — Escuto a voz da minha mãe gritar e palmas soarem. — Nesta data querida!

— Mãe! — Grito irritada e me sento. Vejo minha mãe segurar um balão na mão e sorrir.

— Muitas felicidades... — A olho irritada. Ela mais do que ninguém sabe o quanto odeio meu aniversário. — Muitos anos de vida. Parabéns minha filhinha!

Ela se joga em cima de mim e me abraça. Dou uma risadinha e a abraço também. Mamãe sempre consegue me fazer feliz, mesmo nos piores dias. Me sinto muito bem de ter uma boa relação com a minha mãe e fico insanamente triste quando descubro que infelizmente tem gente que não tem boa relação com a mãe. Eu não consigo me imaginar sem ela ao meu lado.

— Parabéns, meu amor. Muitos anos de vida. — Ela se senta e arruma meu cabelo. — Sou muito grata por te ter como filha. Espero que você se torne a artista que sei que é, nunca desista de seu sonho e nunca, nunca mesmo, deixe as pessoas te dizerem ao contrário do que você é. Eu te amo muito. Juízo nessa sua cabecinha.

Sinto meus olhos marejarem de leve e sorrio, abraçando-a de novo e depois me espreguiçando. Mamãe se levanta e sorri, me entregando o balão.

— Tem uns presentes para você lá embaixo, se vista para a escola rápido e desça. — Me animo um pouco e me levanto rápido, erguendo as sobrancelhas. — Não faça essa cara. Coloque a roupa e desça.

Ela beija minha bochecha e sai do quarto, fechando a porta. Procuro uma roupa que seria fácil de vestir e ao mesmo tempo bonita (é meu aniversário, vou diversificar um pouquinho). Coloco uma calça jeans e blusa azul soltinha e, por incrível que pareça, mais justinha ao corpo. Mostrar meu corpo a quem eu bem entendesse nunca foi algo que eu gostasse. Me sentia vulgar e exibida se usasse um short jeans mais perto da bunda. Cami, minha estilista de moda temporária e minha mãe explicaram que eu não devo ter vergonha ou medo de mostrar o corpo que tenho. O que é bonito deve ser mostrado.

Desço as escadas somente de meia e quando chego na cozinha vejo a bancada que normalmente é vazia, cheia de um monte de comida. E flores! Corro até lá e vejo minha mãe sorrir.

— E aí? Gostou? — Ela fica erguendo as sobrancelhas enquanto eu me sento em um dos banquinhos.

— Eu adorei! — Falo rindo e agradeço os ovos mexidos que ela me serve. Escuto o sapato pesado do meu pai bater no chão e rapidamente sinto suas mãos em meus rosto. — Bom dia!

— Bom dia aniversariante. — Ele beija minha bochecha. — Como está se sentindo?

— Com 17 anos? — Encolho os ombros e tomo um gole do suco de laranja. Meu pai da uma risada e pega uma torrada.

— Desculpe não poder ficar para o café, tenho que chegar mais cedo hoje na escola. — Concordo, sem ver problemas nisso. Ele beija minha bochecha e dá um selinho em minha mãe e sai de casa.

A próxima meia hora eu e minha mãe ficamos conversando sobre a escola, amigas e... namorado. Contei a ela tudo o que eu estava sentindo e vivendo. Ela, assim como a eu, se encantou em quão rápido Cole mudou apenas para conseguir se adaptar a minha rotina.

Quando subi novamente para meu quarto para terminar de me arrumar, minha mãe bate na porta e me entrega o buquê de flores cor de rosa clarinha. Sorrio, gosto das flores de cor clara. Agradeço a minha mãe e vou procurar se tem algum bilhetinho.

storm.Where stories live. Discover now