• 🌧 || 10. quentinho

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COLE SPROUSE

Uma semana havia se passado. Eu e Lili nos aproximamos bem rápido, mas um rápido bom. Ela já se sentia confortável com a minha presença e a presença de Camila. Tiera, Kj e Charles ainda a incomodavam e eu, cada vez mais, ficava menos com eles e mais com ela.

— Não, pera aí... — Eu e Lili estávamos em seu quarto. Era sábado a tarde e ela tentava me ensinar a pintar. — Não!

Ela se joga no chão e ri. Olho a cena e dou uma gargalhada também. Analiso a tela na minha frente e tento achar a flor que era pra estar em meio a esses rabiscos, depois olho a tela perfeitamente pintada de Lili. Deus tem seus favoritos.

— Você tem que ser mais delicado... — Ela segura minha mão, envolvendo o pincel junto comigo e passa na tela. — Calmo... tente pintar macio...

Olho Lili ao meu lado, pintando o que eu deveria estar fazendo. Ela é linda. Nariz, olhos, cílios, boca... tudo parece ter sido desenhado e esculpido pelo melhor artista.

— Viu. Está bonito. — Ela fala sorrindo. Desvio o olhar para a tela e gargalho quando vejo um traço verde.

— Não está.

— Seja mais otimista. — Bate na minha nuca, se sentando de pernas de índio na minha frente. — Isso leva muito treino. Perfeição só vem de treino e paciência.

— Vamos ter que treinar muito mais... — Ela concorda e limpa a mão na blusa branca já toda suja. A vontade de poder simplesmente beija-la me vem, merda, não posso fazer isso.

— Está com fome? — Nego. — Sede? — Nego. — Quer alguma coisa? — Assinto. — O que?

Fico olhando em sua direção. Desde a vez que quase nos beijamos na sala de arte o desejo, em vez de sumir, só cresceu. A vontade de poder grudar meus lábios nos de Lili e poder me perder neles sempre aparece quando a vejo. Olho para os lábios de Lil e depois para seus olhos.

Ela parecia tensa mas tinha um sorrisinho no rosto. Aproximo meu rosto do dela, olho para os lábios de Lili e depois para seus olhos. Ela se aproxima mais, olhando para os meus olhos e depois para os meus lábios.

— Eu... — Encaro sua boca.

— Sim... — Ela concorda e no segundo seguinte grudo meus lábios nos seus. Foi o melhor beijo de toda minha vida. Lili parecia tímida, mas foi se soltando aos poucos. Minhas mãos subiram para seu cabelo e as suas foram para meu pescoço. Muito minutos passaram, muitos beijos aconteceram, até que bateram na porta de Lili. Ela estava quase em cima de mim.

Ela me olhou, meio assustada meio sorrindo e passa a mão no cabelo se levantando.

— Oi... oi mãe! — Merda. A mãe dela e o pai estavam indo visitar a vó nesse final de semana e Lili tinha certeza de que eles não voltariam. — O que esta fazendo aqui? Não ficavam em Cleveland até domingo...

— Mudanças de planos... — A mãe de Lili tenta espiar dentro do quarto. A garota resmunga. — Ah, oi. Não sabia que tínhamos visita.

A mãe de Lili lança um olhar pra ela. Me levanto e vou até a porta, ficando ao lado de Lili.

— Prazer sra. Reinhart. Cole Sprouse. — A mãe dela sorri.

— Acha que eu tenho quantos anos? Nada de senhora. — Ela bate no meu ombro. — Prazer, Cole. Madchen.

Sorrio e coço o nuca, me sentindo meio perdido. Lili olha pra mim e ri.

— Estávamos fazendo o trabalho de arte, mãe. — Madchen olha pra Lili, que a empurra e cora. — Já descemos.

storm.Where stories live. Discover now