• 🌧 || 23. festa

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LILI REINHART

Amanhã é a festa. Eu estava bem nervosa, vai ser uma das primeiras festas que eu vou. Mamãe falou para ficar tranquila, nada de mais vai acontecer e que é para eu somente aproveitar e esquecer de tudo, é isso que adolescentes fazem.

Terça-feira dessa semana Cole virou, do nada, o Cole que eu conheço. Parece estar mais carinhoso do que antes. Em partes eu gosto de tê-lo de volta mas por outro lado me sinto muito triste. Ele até agora não quis me contar o que estava/está acontecendo. Isso faz meu coração apertar. Cole provavelmente não confia em mim e não quer falar o que está rolando. Nego, jogando esses pensamentos para longe e me concentrando no aqui e agora.

Eu e Cole começamos a ver uma série muito boa chamada Gilmore Girls. Conta a história da relação de mãe e filha. Nós ficamos meio viciados nela, começamos na quarta-feira mesmo e hoje, sexta-feira, já estamos na metade da segunda temporada.

— Cole... — Falo pausando a série e virando em sua direção. A cada dia que passa a vontade de jogar na cara de Cole que "sei" disso que ele anda escondendo.

— Sim? — Ele fala se virando e passando os braços em minha cintura. Minha casa era o ponto de encontro para ver séries e filmes.

— Está tudo bem? — Repito a pergunta que tenho dito a várias semanas. Cole me encara e ergue a sobrancelha, fazendo que sim com a cabeça. Dou de ombros e me desaponto. Ele continuaria mentindo pra mim.

— Por que a pergunta? — Ele beija meu pescoço e deita a cabeça em meu ombro. Mordo o lábio e nego, mecho a cabeça para conseguir encarar ele.

— Não sei, às vezes te sinto meio distante mas acho que é só impressão... — Falo olhando em seus olhos, que desviam dos meus por um segundo mas depois me olham de volta. Sorrindo.

— Pare com isso, é impressão. — Ele me abraça de novo e rouba o controle da minha mão, apertando o play novamente.

***

Encaro o vestido colorido e curtinho no espelho. Minha fantasia não era nada de mais, apenas uma recriação do vestido da festa de De repente 30. Minha mãe tinha ele, o filme, como favorito, consequentemente o meu também é. Eu estava sem ideia nenhuma do que me vestir e perguntei a minha mãe o que poderia vestir, ela deu a ideia e eu simplesmente amei.

Estava me sentindo um pouco insegura com essa roupa. É mais curta e decotada do que estou acostumada, mas mamãe e papai prometeram que eu estava bonita. Todo mundo sabe que opinião parental não conta.

Coloco os brincos grandes da minha mãe e dou uma risada, no final eu estava aparecendo mesmo Jenna. Tirando os cabelos loiros e olhos esverdeados.

Meia hora mais tarde uma buzina soa e eu desço correndo, tentando não cair. Cole, por incrível que pareça, vai vir me buscar aqui. Quando falei que ele tinha melhorado era porque é verdade.

— Tchau mãe! Tchau pai! — Grito saindo de casa. Ambos sabem que voltarei tarde e que essa vai ser a festa da minha vida.

Aceno para Cole, que abre a porta para mim. Entro no carro e sorrio. Sprouse me encara daquele jeito que me faz sentir estranha.

— Oi. — Falo e beijo de leve sua boca. Ele sorri e se inclina em minha direção, beijando-me de novo. — Oi...

— Oi, Lil. — Beija minha bochecha. A demonstração de afeto e carinho de Cole tinha ido de implicância para toque. Qualquer tipo e contato que ele consiga ter comigo é pouco. Às vezes acho que isso é resultado "daquilo". Sei que não posso tirar conclusões antes de saber da história inteira mas acho que deve ser isso. — A festa vai ser um máximo! Aliás, você está perfeita!

— Obrigada... — Encaro sua roupa e ergo a sobrancelha. — Você também?

— Estou de eu e eu mesmo, gostou? — Fica levantando as sobrancelhas rapidamente. Dou uma risadinha, negando. Começo a mexer no rádio e a voz de Fergie enche meus ouvidos. Dou um gritinho animado e começo cantar a música junto a ela.

Assim que a música termina e eu já estou mais animada e Cole, no mesmo momento que para em um sinal, se vira para mim.

— Quem era cantando? Conseguiu te fazer animada em alguns segundos de música... — Ele fala como se estivesse muito indignado. Sorrio.

— Uma paixonite que tenho... — Ele ergue a sobrancelha pra mim e se inclina em minha direção. Passo a língua entre os lábios e encaro seu rosto.

— Hm... essa paixonite começa com Cole e termina com Sprouse? — Aproximo mais meu rosto do céu, negando. — Ah é?

— Aham... — No momento em que ele segura meu pescoço um carro buzina e ele bufa, se arrumando devidamente no banco do motorista e volta a dirigir. Passo a mão no cabelo e viro meu rosto extremamente corado em direção a janela.

— Não ache que vai ficar assim... — Ele para em uma rua arborizada e de aparência muito bonita. — Vamos?

Desço do carro junto a Cole e o sigo. Ele parecia conhecer direitinho o caminho... Reviro os olhos com o pensamento de Cole saber de cor o endereço de Tiera e vou até ele, o abraçando pela cintura.

— Você vai gostar. — Ele diz parado na porta. Já consigo escutar música alta e muita gritaria vindo da casa e me arrependo. Sinto Cole segurar meu pescoço. — Olhe pra mim.

Olho para baixo, me sentindo envergonhada.

— Lili, Olhe para mim. — Encaro seus olhos. —Vai ser o melhor dia de sua vida, está certo? Confia em mim?

— Okay. — Ele sorri pra mim. Eu sorrio de volta. Nada parece real.

***

mais um porque eu sou muitoo legal

storm.Opowieści tętniące życiem. Odkryj je teraz