Heart Family | Drarry

[18] Onde Tudo Começou

Sejam bem-vindos a uma volta ao passado! Aproveitem bem esse capítulo, ele é importante e mostra muita coisa que vocês não sabem sobre a vida do Scorpius!

Boa leitura!

— X —

[18] Onde Tudo Começou

Draco estava terminando de organizar suas coisas na última sala que deu aula, ele estava pronto para ir embora, mas um choro estrangulado vindo de um dos armários no corredor chamou sua atenção.

O homem se aproximou lentamente, percebendo que o choro sentido estava vindo de dentro do armário escolar. Ele não pensou duas vezes quando bateu contra a porta, fazendo o armário ter um pequeno solavanco, causando um impacto forte o suficiente para que a porta abrisse, revelando um ômega de aproximadamente doze anos encolhido, com as bochechas vermelhas e cheias de lágrimas.

— Hey. Você está bem? Alguém te trancou aqui! Quem foi? — Draco se abaixou e tocou delicadamente no ombro do ômega, não queria o assustar mais.

Scorpius resmungou, acenando positivamente. — Eu não posso falar quem foi. — Sussurrou, tentando se levantar. — Eles me odeiam.

— Scorpius... — Draco o ajudou a levantar, tocando nos ombros caídos do garoto. — Eu sou seu professor, mas você pode me ver como um amigo. Me conte, o que aconteceu?

— Os meninos do primeiro ano me trancaram aqui depois da aula de educação física. — Dois períodos haviam se passado desde então. O que fazia Draco pensar que o aluno estava ali há aproximadamente duas horas. — Porque eu morava em um abrigo.

— Você comeu alguma coisa, Scorp? — Draco alisou as costas de Scorpius, tentando acalmar o mais novo.

— Não, eu não... — Ele encarou os próprios pés. Estava envergonhado, completamente sem jeito. — Desculpe pelo incômodo, professor. Eu não queria causar problemas.

— Não causou. — Draco sorriu. — Olha, tem um café ali na esquina. Que tal a gente ir lá e você me contar o que tá acontecendo?

— Os meus pais não vieram me buscar? — Ele percebeu que nesse horário o homem que estava o adotando já deveria estar na escola.

— Hm, não... — Draco disse baixinho. — Nós dois somos os únicos aqui, fora os jogadores e o treinador...

— Ele me esqueceu de novo... — O menino começou a fungar, segurando o choro.

— Hey... — Draco segurou o menino pelos ombros. — Vem cá...

— Professor... — Ele timidamente se aproximou de Draco, abraçando seu corpo grande. — O senhor pode ir comigo na secretaria ligar pra me buscarem?

— Claro. Se você quiser eu posso falar com o diretor e ir te deixar... — Draco abraçou o menino, dando um beijo em seus cabelos.

Scorpius apenas deu de ombros, caminhando lado a lado com o professor. Ele se sentia chateado, um estorvo na vida da família que estava lhe adotando. Scorpius sabia que não se encaixava naquele padrão de família perfeita, e sentia o peito doer, ficar comprimido.

Quando sua família simplesmente cedeu a Draco a responsabilidade de o levar para casa, percebeu o quão desimportante realmente era. Porque estavam confiando em um homem desconhecido por eles, a tarefa de levar o filho para casa. Eles não se importam nem um pouco.