[07] Mãe

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[07] Mãe

Scorpius estava ansioso, batendo os dedos na bancada, observando Harry preparar um pouco de café. O adolescente já estava morando com o Potter há duas semanas, completando uma semana do jantar onde conheceu suas tias e tio.

Eles haviam criado uma rotina, sempre cozinhando juntos e tomando suas doses de chá diárias durante a noite. Havia realmente se tornado um tipo de tradição de mãe e filho. Scorpius adorava se sentir cada vez mais próximo da mãe.

O adolescente estava sempre por perto, aprendendo e analisando os costumes do ômega, queria conhecer e entender tudo sobre Harry, para que quando perguntassem sobre sua mãe, ele soubesse como descrever e enaltecer suas melhores qualidades.

Não muito diferente de Harry, que estava sempre tentando conhecer o máximo que podia sobre o filho. Inclusive o ômega não demorou para perceber que assim como ele, Scorpius era completamente apaixonado por moletons grandes e sempre acabava pegando um dos seus.

Mas não é como ele se importasse, realmente.

— Hazz, nós podemos podemos conversar? — Ele perguntou baixinho, mordendo a parte interior da bochecha.

— Claro, Scorp. — Harry colocou duas canecas na mesa, sorrindo pequeno para o adolescente que parecia tenso. — Sobre o que você quer falar? O que aconteceu, filho? — Harry viu Scorpius ficar vermelho. — Não tenha vergonha ou medo de conversar comigo, não há nada que precise me esconder.

— Eu estou um pouco nervoso. — O adolescente respondeu. — É que, sabe? Eu e ele, nós... Eu dei meu primeiro beijo. — Ele disse rápido e atropelando as palavras.

— Beijo? Vocês se beijaram? — Harry perguntou um pouco atordoado. O ômega sentia como se um caminhão tivesse acabado de acertar sua cabeça. — E foi bom?

— Harry! — Scorpius exclamou envergonhado. — Claro, foi bom.

— O que importa, na verdade, é que ele tenha respeitado seu espaço. — Harry voltou a preparar o café da manhã. — E claro, que vocês tenham gostado.

— Você não está bravo? Ou chateado? Harry, eu beijei um ômega, isso... Isso não é um problema?

— Por que eu ficaria bravo? — Harry murmurou.

— Eu acho... — Scorpius começou a rir. — Eu acho que você esqueceu que existe um preconceito sobre isso, Harry.

— Oh... — Harry riu. — É só um detalhe- mas eu não vejo problema nenhum nisso, filho. — Harry parou o que estava fazendo e se aproximou do garoto, sorrindo ao que arrumou os cabelos de Scorpius. — Toda forma de amor vale a pena, e apesar de estar com um pouco de ciúme de você, eu estou feliz, sim?

— Ciúmes? — O adolescente arregalou os olhos. — Por quê?

— Você é meu filho. — Harry murmurou. — Como eu não sentiria ciúmes de você? Ciúmes por você estar com um namoradinho.

— Harry! — Ele exclamou, escondendo o rosto entre as mãos. — Eu não tenho um namoradinho. — O garoto sorriu pequeno, encerando o ômega em seguida. — E você, Hazz? Não tem um namorado? — Scorpius se levantou, indo até o adulto que havia voltado para a bancada, o observando terminar seus mistos quentes.

— Eu tive um namorado, há um tempo atrás. — Harry explicou. — Não terminou bem, e é isso.

— Vocês brigaram? Ele foi ruim pra você? — Scorpius perguntou preocupado.

— Ele acabou falecendo, um acidente de carro... — Harry encarou a parede. — Eu não consegui me envolver com ninguém depois disso, ninguém parecia entender o respeito, o amor e o carinho que eu vou guardar no meu coração. É algo que vai ser pra sempre.

Heart Family | DrarryWhere stories live. Discover now