Capítulo 31 - A visão do Ômega

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— Hm? O quê?

Apesar da minha atuação desajeitada, Theo de alguma forma não mostrou nenhuma expressão em particular. Eu tinha certeza de que ele diria algo sarcástico sobre mim, mas, surpreendentemente, ele estava bem comportado.

— Parece que sim. Está mais calmo agora?

E, ao ouvir o que ele disse, tive que cair em outro choque. Só de me relacionar com Theo, meu corpo já havia voltado ao normal. Ontem, estava tão quente que parecia que ia morrer, e o interior ardia de forma insuportável. Por incrível que pareça, tais sintomas desapareceram em apenas um dia.

Será que esse é o poder dos feromônios de um Alfa que ouvi falar? "Um Alfa pode viver sem um Ômega, mas um Ômega não pode viver sem um Alfa." Foi a primeira vez que essas palavras fizeram sentido para mim.

— Acho que está tudo bem, olhando para sua expressão.

Theo se sentou na cama.

Eu estava olhando para ele, em branco, mas corei de repente. Os arranhões feitos por um Ômega no cio estavam cravados em várias partes de suas costas.

Fiquei intrigado porque não conseguia dizer nada, mas de repente o vi parar de tentar levantar. Ele me olhou em silêncio e de repente sorriu com o que estava pensando. Meu corpo todo se arrepiou. O quê...?

— Ei.

Uma voz arrogante saiu de sua boca, não diferente do que eu esperava. Respondi, baixinho, pensando que estava condenado e só queria morrer.

— Hm.

— Você se divertiu bastante ontem à noite.

— ...

Acho que é melhor só me afogar logo no mar Vancouver. Então me apressei e levantei, mas o idiota de repente me puxou pela cintura.

— O quê? Me solta!

Enquanto eu lutava com minhas costas pressionadas por aqueles antebraços grossos, Theo não soltou e apenas sorriu, sacudindo os ombros.

— Ei, me solta! Você não vai me soltar?

— Você está muito esquentadinho hoje.

— Então me solta!

— Não quero.

O que tem de errado com você hoje? Eu já estava envergonhado, mas sentia que podia cair duro no chão se ele continuasse fazendo isso.

— Me solta!

Enquanto eu desperdiçava minhas forças logo de manhã em uma luta que eu não podia vencer, meu corpo começou a perder o equilíbrio enquanto se enrolava no lençol.

Com o som de um baque, nós dois caímos e rolamos na cama. Eu já estava dolorido, mas pensei que fosse quebrar em dois quando bati as costas de mau jeito. Meu corpo doía, minha mente estava envergonhada, e não havia onde se esconder.

— Ah, sério...

O Alfa, ao contrário de mim, estava relaxado e muito ocupado se arrumando depois de rolar para fora da cama.

— Por que você sempre me diz pra te soltar?

— Por que você nunca solta?

— Porque eu não quero.

— E eu não quero que você me agarre.

— Jura?

De repente, a expressão de Theo mudou seriamente. Ele parecia estar pensando muito por um momento, e proferiu em uma voz bastante solene:

Garoto AmericanoWhere stories live. Discover now