Capítulo 23 - A visão do Ômega

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— Ah, sério?

— Sim. Talvez seja só coisa da minha cabeça, mas foi assim que me senti naquele dia. Achei que talvez ele se importasse um pouco comigo até certo ponto.

Lukas me ouviu em silêncio.

— Mas... depois disso, comecei a me sentir mal com as coisas que ele fez comigo.

— Como o quê?

— Como quando ele me olha com aqueles olhos frios, e toda vez que tira sarro de mim. Isso me faz sentir mal por algum motivo.

— Isso...

— Sim, eu sei, ele é assim mesmo, mas é que sempre me tratou assim.

— ...

— Não sei se vou aguentar mais disso, mas sei que vai acontecer.

Nossa conversa parou por um momento.

— Jiho.

Lukas foi o primeiro a quebrar o silêncio.

— Sim?

— Agora que estamos falando falamos do Theo, ele tem algo a ver com o que você me perguntou antes na universidade?

Concordei honestamente com a cabeça. Vim aqui com ele para desabafar, de qualquer forma.

— Na verdade, algo estranho vem acontecendo comigo há um tempo.

— Algo estranho?

— Sim. Senti um cheiro vindo do Theo.

Ao dizer isso, a expressão calma de Lukas se transformou em agitação.

— Então...

— Tenho certeza de que você já sabe, mas isso só pode acontecer entre Alfas e Ômegas.

— Sim.

— Eu fiz um teste no dia seguinte, um teste de feromônios.

— ...E qual foi o resultado?

Em vez de respondê-lo, encolhi os ombros com força.

— Ah...

Vendo minha reação, Lukas relaxou sua postura rígida e sorriu um pouco, como se estivesse decepcionado.

— Faz sentido me expressar como Alfa ou Ômega nesta idade?

— Não é uma coisa ruim.

— Eu sei, mas já te disse, minha família é Beta, não tem como eu ser outra coisa.

— Theo sabe?

— Sim.

— E o que ele disse?

Demorei um pouco para responder e contei apenas os fatos, deixando meus sentimentos de lado.

— Que era um alívio, e que seria difícil para um Alfa e um Ômega viverem juntos na mesma casa.

— Isso é verdade.

Lukas pareceu aceitar o que eu disse.

— Embora seja um pouco estranho, não é totalmente improvável. Por que não faz um exame mais detalhado?

— Você acha?

— Você disse que sentiu o cheiro do Theo, isso não é algo muito normal.

— Mas talvez tenha sido um engano. Se eu realmente fosse Ômega, não poderia estar tão bem agora, não é? Você também é um Alfa ultra dominante.

Falei alguma coisa errada? De alguma forma, sua expressão parecia sombria com minhas palavras.

— Quero te fazer uma pergunta.

Percebi que não estava enganado quando senti que seu tom de voz estava mais pesado.

— O quê?

— E você?

— Como assim?

— O que... o que você sente pelo Theo?

Eu tinha respondido a todas as suas perguntas até agora, mas de alguma forma não consegui responder a esta imediatamente. O que eu sinto. Essa é realmente a pergunta certa para o que está acontecendo entre Theo e eu...?

— E então? O que você acha dele?

Eu hesitei, mas respondi com uma cara brilhante e um sorriso, como se não fosse nada.

— Eu não quero odiar o Theo, além disso, devo algo a ele.

Com a minha resposta, ele riu.

— Deveríamos voltar a andar?

— Deveríamos?

De alguma forma, fiquei frustrado de novo e queria andar novamente. Seguindo-me, Lukas se levantou alegremente do assento.

— Quer jantar antes de voltar pra casa?

— Só se você pagar.

— Eu até fui seu conselheiro, isso já não é demais?

— Sinto muito, você sabe que sou pobre.

Caminhamos lentamente, passo a passo. A luz do Sol em Vancouver envolvia o mar e caía calorosamente sobre meus ombros.

◆ ◇ ◆

Foi em Gastown que paramos para jantar, ele se ofereceu para me levar a uma casa de espaguete. Eu interpretei suas palavras como uma piada, mas foi só quando chegamos ao restaurante que eu soube por que ele disse isso.

— Uau...

O restaurante em que chegamos o deixava um pouco deslocado. Não, melhor dizendo, este é um lugar onde um Alfa ultra dominante provavelmente nunca iria?

— Aqui? Lukas, você gosta desse tipo de coisa? — perguntei, me forçando a engolir uma risada.

Foi logo depois que o garçom anotou nosso pedido e saiu.

— Por quê? Não posso vir a esse tipo de lugar?

— Não, não é isso — respondi o mais divertidamente que pude e olhei em volta do restaurante lentamente.

Como em um parque de diversões, havia um trem grande e elástico e algumas mesinhas bonitas nele.

Ao entrar, Lukas me perguntou se eu queria comer em uma mesa no trem, mas eu pensei que não era um lugar para um Alfa e um Beta com mais de vinte anos se sentarem juntos, então pedi lugares normais. Agora que estava dando outra olhada no restaurante, estava feliz por não ter comido no trem. A maioria dos adolescentes que lotaram o local apoiaram a minha ideia.

— Este era o meu restaurante de espaguete favorito quando era criança — Lukas falou, antes que a comida chegasse.

Continua...

Garoto AmericanoNơi câu chuyện tồn tại. Hãy khám phá bây giờ