Capítulo 80 - O julgamento!

453 21 13
                                    

Notas: Desculpem a demora, eu acabei tendo uma semana de saco cheio e tirei um tempo de escrever também, espero que gostem!

[...]

Eu já havia perdido toda a minha noção de tempo, mesmo que eu tentasse contar os segundos, eles pareciam intermináveis e eu perdia a conta antes de se passar um minuto, tempo parecia não existir onde eu estava, seja lá onde eu esteja, ou o que tenha acontecido, as perguntas apenas fluíam em minha cabeça como se fossem disparos de uma arma.

Onde eu estava? O que havia acontecido? Quem ainda estava vivo? O que aconteceu na operação no hospital? O que aconteceu comigo? O que vai acontecer comigo?

Minha cabeça parecia prestes a explodir, minha memória parecia ter uma mancha negra no meio, como se fosse um erro de gravação, eu conseguia ouvir vozes, ver vultos, mas não fazem nenhum sentido, as vozes que eu ouço, os vultos que eu vejo, estavam todos distorcidos e borrados, incompreensíveis.

Até as memórias e vozes que deveriam ser minhas, ou pelo menos pareciam ser, eram estranhas a mim, eu não falo daquele jeito, eu não luto daquela forma, droga! Aqueles nem são os meus poderes! Por que diabos eu tenho memórias de um poder capaz de abrir uma maldita trincheira no meio da cidade?

O chão duro e frio pressionava contra as minhas pernas, que por mais que eu tentasse mudar de posição, continuavam sempre desconfortáveis e doloridas, impotentes, assim como eu mesmo no momento, impotente e sem esperanças.

Eu estava em uma sala escura, iluminada apenas por velas pequenas e fracas, que mal me permitiam ter noção do tamanho da sala, a qual tinha suas paredes cobertas por papéis com algum tipo de símbolo estranho, como se fossem aqueles talismãs de proteção que você encontra em templos budistas.

Minhas mãos estavam atadas com uma corda grossa e áspera, claramente mais apertada do que deveria estar, essa corda também estava coberta por esses papéis estranhos.

Enquanto eu examinava o que eu conseguia enxergar dessa sala, eu ouvi pegadas vindo de fora, pareciam haver várias pessoas, estranhamente eu parecia sentir algo vindo delas, mas era diferente de sentir a presença delas, era algo como uma energia, que parecia emanar de fora, tentando entrar em meu pequeno cárcere.

Os passos se aproximaram cada vez mais, quem quer que fossem meus raptores, era claro que tinham a intenção de vir para onde eu estava, se não fossem entrar, pelo menos ficariam na frente da porta, uma vez que suas sombras já eram visíveis por baixo da porta.

Com um alto estalo metálico, a porta foi aberta, a luz que passou a penetrar a sala me cegou por alguns instantes, apenas o suficiente para eu não conseguir enxergar os rostos das pessoas que passaram a ocupar todo o espaço, embora talvez fosse inútil de qualquer forma, uma vez que todos contavam com capuzes cobrindo seus rostos, então mesmo enxergando bem, eu provavelmente não veria seus rostos.

Os longos e pesados passos aos poucos foram parando, conforme mais deles entravam e o exterior da sala se tornava discernível, embora, eu não possa dizer que um corredor iluminado apenas por velas me fazia ter uma noção de onde estava, se essa informação fez algo, foi é deixar ainda menos claro onde eu me encontrava.

Conforme minha visão ia se acostumando, meu corpo também retomava lentamente as forças, como se eu fosse uma bateria e estivesse recebendo algum tipo de energia, eu estava pronto pra começar a fazer perguntas, começando por onde eu estava, porém antes que eu pudesse abrir a boca, um dos encapuzados me fez uma pergunta e, o que eu viria a ouvir em seguida, me faria calar a boca.

— Você é Katsuki Bakugo? — É sério? Eles me capturam sem nem saber quem eu sou? E como diabos eles não sabem quem eu sou? Eu sou o maldito Dynamight, Rei das Explosões Assassinas! E futuro herói Nº1!

My Jujutsu AcademiaOnde as histórias ganham vida. Descobre agora