O que pareceu funcionar, já que ambas trocaram um breve olhar entre si antes de se desculparem, abaixando as cabeças de forma envergonhada e, quase, sincronizada, desistindo do lugar entre os adultos, acelerando os passinhos e andando um pouco mais a frente, partindo o coração de Harry, mesmo que fosse necessário.

Instantaneamente, o garotinho também parou de puxar a mão de sua mãe, parando de incomodá-lo para analisar as lojas e produtos ao seu redor, assim como o Tomlinson fazia anteriormente, ficando contente e satisfeito em segurar a mão de sua mamãe. Era melhor do que andar sozinho, concluiu, já que ele era o único a continuar de mãos dadas com alguém.

Louis, por outro lado, não pôde deixar de suspirar, chateado pela cena, nem sequer conseguindo ser discreto sobre como havia prestado atenção e sido afetado por tudo aquilo. Mesmo que fosse engraçado no início e elevasse seu ego, ele não queria realmente ser a causa de uma briga entre as crianças, muito menos tornar um passeio que deveria ser divertido em algo menos que isso. Porém, tinha receio de intervir, não querendo passar por cima da palavra de Harry, apesar de odiar a feição tristonha das meninas.

Sua decisão estava entre criar outra imagem ruim de si próprio aos olhos do mais novo, ou deixar que as coisas continuassem exatamente como estavam.

Hayley só precisou dar um sorriso mínimo, quase triste, em sua direção e sua decisão estava imediatamente feita.

Não era como se ele tivesse algo a perder.

"Hum, Hazz?" hesitou em chamá-lo, juntando o pouco de coragem que tinha antes de prosseguir, agora sendo o alvo do par de olhos verdes. "Não quero me intrometer, mas se organizarmos certinho dá pra todo mundo ficar satisfeito." comentou, recebendo uma feição confusa e um aceno de cabeça para que continuasse a falar, fazendo exatamente isso. "Se estiver tudo bem por você, Hayley pode ficar entre nós, segurando nossas mãos, e Lucy vem aqui pra ponta segurar minha outra mão." sugeriu, sorrindo de maneira tranquila, vendo pelo canto dos olhos como a garotinha de cabelos claros imediatamente começou a prestar atenção na conversa, tentando ser discreta ao desviar os olhinhos vez ou outra, mas parecendo ansiosa pelo desfecho. "Prometo ser bem cuidadoso, se estiver tudo bem por você." concluiu com um dar de ombros, deixando a decisão para o pai das meninas, que agora revezava seu olhar entre as garotas citadas e o alfa, tendo seus olhos abertos para uma possibilidade que ainda não havia imaginado − devido o fato de sua cabeça estar cheia de outras preocupações, muito focado na discussão em si para sequer pensar em uma forma de solucioná-la.

"Uh, não tinha pensado nisso..." revela, parecendo ponderar, mordendo o interior de uma das bochechas, olhando para o Tomlinson atentamente, analisando-o. "Não tem problema por você?" perguntou, desviando o olhar para as gêmeas ao tentar assegurar-se de que Louis falava sério e estava realmente de acordo com aquilo, suspirando baixinho.

"Hazz..." bufou, revirando os olhos em brincadeira, negando com a cabeça. "Por que eu daria uma ideia que não me agrada?" respondeu com humor, sorrindo abertamente. "Além disso, eu amo crianças. E todos os seus filhotes são meus amigos, não vejo porquê não."

Harry apenas sorriu, estendendo a mão para pegar a de sua filha que não prestava atenção em si, recebendo um breve olhar chocado em sua direção ao que o queixo da filhote caiu, isto até o outro homem repetir seu gesto, abaixando-se e pegando a mão livre da menina, exclamando um "ha!" e rindo por pegá-la de surpresa, tendo a loirinha correndo para tentar fazer o mesmo consigo, extremamente sorridente, sendo acompanhado em suas risadas ao que o susto inicial da morena passou, todos agora contentes e satisfeitos com seus lugares.

Um sorriso de covinhas não pôde deixar de acompanhar o brilho cintilante de certo par de olhos verdes ao presenciar tal cena, Harry tendo seu coração aquecido pela alegria genuína e contagiante de seus filhos, aliviado pela forma que Louis lidava com as coisas até então, cada vez mais arrependido de tê-lo tratado como havia feito, mesmo que devesse deixar aquilo para trás, não conseguia parar de culpar-se.

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