𝗖𝗼𝗹𝗼𝗺𝗯𝗶𝗮𝗻𝗮 [ 𝕮]

92.

• Braga💸

Dias depois

Levantei da cadeira e peguei um copo de água pra desapertar o sono. Faz dias que a Vivi foi transferida de hospital, consegui ver ela algumas vezes e na minha opinião zero experiência ela melhorou.

No postinho do morro tem todo tipo de equipamento bom que tem aqui, mas o que tá ruim mermo é os funcionários.

Falei com o B2 e ele ficou de arrumar gente nova pra trabalhar lá, se pá do morro mermo, os outros do asfalto quase não dá oportunidade pra quem mora em favela pô, então eu dou.

Olhei a médica da vivi e levantei ficando de frente pra ela.

Bruna: Boa tarde Filipe. - estendeu a mão e eu apertei. - boas novas finalmente, a vivi saiu do oxigênio. - coração ficou como? Aceleradão pô. - Sua pequena consegue respirar sozinha e apresentou ganho de peso.  Ainda vamos deixar ela na UTI por precaução, mas se tudo der certo até no final da semana ela vai para o quarto.

Braga: Valeu mermo em doutora. - sorri de lado. - Posso ver ela?

Bruna: Ela tá dormindo ainda, hoje fizemos vários exames para conferir cada parte do corpinho dela.

Braga: E como que fica a parada do leite lá?

Bruna: A amamentação vai ser por outras mamães, claro se o senhor concordar. Aqui no hospital temos várias que deram a luz recentemente, tenho certeza que elas vão querer ajudar. - concordei.

Braga: Minha menó não corre nenhum risco dessa parada aí não né? - ela negou.

Bruna: Vamos fazer exames na mãe que for amamentar ela! Eu quase nunca vi nada parecido, sua princesinha é muito guerreira. - sorriu e saiu da minha frente entrando na sala lá.

Fui andando no hospital e desci as escadas parando em um quarto meio abandonado. Tava mó silêncio pô, abri a porta e tinha um quarto maneiro ali, só tava meio empoeirado.

Sentei na cama e fiquei pensando nas parada da Vivi.

Peguei meu celular e vi uma mensagem da Índia, respondi e nem demorou pra ela visualizar.

  [...]

Olhei de relance e vi ela toda lindona parada na porta do quarto me olhando. Chamei ela com a mão e a mesma fechou a porta e sentou do meu lado.

Índia: Antes que você pergunte que caralhos eu vim fazer aqui, eu vim ver tu e a vivi. - sorriu meio sem graça.

Braga: Não quer admitir que sentiu minha falta? Magoou em.

Índia: Só queria ter metade da sua autoestima.

Braga: É bom te ver diaba. - encarei ela que me olhou de volta, senti mó bagulho estranho pô.

Índia: Trouxe comida de verdade pra tu. - quebrou o contado visual e pegou uma sacola chique tirando várias comidas de lá. - Dona Ana que fez, tá de comer rezando.

Braga: Valeu mermo pô. A vivi agradece também. - debochei na parte da vivi.

Índia: Tem cobertor e roupa de cama. Dormir em poutrona deve ser horrível.