25.

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Cheguei no pé do morro e entrei numa boa, cheguei na frente da casa do Jacaré e já fui entrando.

Índia: Oi dona Ana. - falei chamando a atenção dela.

Ana: Oi meu amor, você sumiu. - me abraçou.

Índia: Foi mal mesmo, tô cheia de problema pra resolver.

Ana: Imaginei. - encarei ela. Você sempre mexeu nos dedos quando tinha alguma coisa errada. - sorri de lado. O que aconteceu minha menina?

Índia: Eu queria ter estrutura pra lidar com o passado! Eu achei que depois de anos eu conseguia superar, mas não dá. - falei e senti um nó na garganta.

Ana: Sabe qual é o problema? - encarei ela e sentei no sofá. Tu quer carregar tudo sozinha menina, tua mãe teria sim orgulho da mulher que você é, para de achar que a morte dela foi culpa sua. Vai viver sua vida Cattleya.

Índia: Eu não tenho uma vida mais Dona Ana, eu vivo pra isso agora!

Ana: Sua mãe sempre quis sua felicidade, e você não está feliz vivendo assim. - fiquei calada. Você sempre quis fazer faculdade de arquitetura, por que não tenta? Sai disso.

Índia: Não tem como sair disso mais pô. - sorri sem ânimo. Eu só saio morta.

Ana: Você vai saber o que fazer meu amor!

Índia: Eu tô tão cansada, de ficar correndo de um lado pro outro, matando geral e ainda estar tão longe de fazer eles pagar.

Ana: Eu me orgulho de você sim, eu sei a Mulher boa que você é, além disso tudo tem seu tempo.

Índia: Dona Ana eu não tenho um motivo pra viver, eu fui tão humilhada, rejeitada que nada mais me abala. - ela me abraçou e colocou a minha cabeça em seu colo.

Ana: Vai ficar tudo bem, você é muito bondosa, eu nunca vou te deixar.

Índia: Promete?

Ana: Eu prometo. - ela ficou fazendo um carinho na minha cabeça até eu dormir.

Braga

Tô no erro e admito pô, mas eu vou atrás da demônia sim, ela me ignorou, me xingou e eu nem liguei.

Fiz meu plantão, vi uns bagulho do carregamento novo e vou te contar a mina é braba pô.

Tomei uma ducha rapidão coloquei a pistola na cintura e sai do morro.

Dispensei duas nega pra ir atrás da demônia pô, até assustei.

Ela passou quase o dia fora, então passei na casa dela peguei uns bagulho de higiene e fui pro morro do Jacaré atrás dela, entrei lá sem caô e fiquei procurando a casa do Jacaré.

Ana: Tá sumido em Braga. - dona Ana falou me apertando.

Braga: Muito B.O pra resolver dona Ana.

Ela me deu espaço pra entrar e de cara vi a mandada dormindo no sofá.

Braga: Qual foi dessa cara de choro dela?

Ana: Ela só precisa de um tempo. E você, o que tá fazendo aqui?

Braga: Vim buscar ela ué.

 𝗖𝗼𝗹𝗼𝗺𝗯𝗶𝗮𝗻𝗮 [ 𝕮]Onde as histórias ganham vida. Descobre agora