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• 4|6 🐊

Dois meses depois

•Braga

Amanheci na boca depois de uma invasão dos alemão, pelo menos esses porra veio de madrugada.

Esfreguei a mão no rosto e encarei um monte de papel na minha frente. Dessa vez o prejuízo foi pequeno.

Acendi um cigarro e passei mó tempão orgazinando as parada do morro.

- Bora almoçar na pensão da dona Marta, Braga?

Braga: - Marca dez que chegando. - respondi no rádio.

Passei na minha goma e tomei um banho rápido, coloquei meus bagulho e passei um perfume saindo.

B2: Pedi um combo de feijoada Jaé?

Braga: Por mim tá susu. - sentei pegando uma cerveja.

emy: Teve muito prezu da invasão? - me olhou.

Braga: Muito pouco.

Babi: Demorou mais dessa vez! Achei que não ia acabar, credo fiquei apavorada.

Nandinho: O lado bom foi o horário. Só tem bandido na rua de madrugada.

Braga: Achei que tu ia aparecer Emily.

Emy: Eu acabei passando mal, sentiram minha falta né bonitinhos?

Fiquei escutando a conversa e falava algumas coisas  vez ou outra.

Levantei pra ir no banheiro e cheguei na mesa vendo a Larissa lá.

Bufei sem paciência.

Braga: Tá fazendo o que aqui? - olhei e vi ela com a cara inchada, se pá tava chorando.

Larissa: Eu preciso falar com você Braga.

Braga: Tô escutando!

Larissa: Tem como ser em particular? Eu juro que não é gracinha.

Braga: Manda o papo logo porra, tô zero paciência.

Larissa: Eu estou grávida!

Braga: Parabéns pô. Era só isso?

Larissa: Porra Braga, eu estou grávida de você! - todo mundo olhou pra ela e depois me encarou.

Levantei olhando pra cara de cínica dela e dei uma risada debochada.

Braga: Tá brincando com a cara de vagabundo pô? Tu não espera que eu acredite nessa historinha tua né? Porra Larissa tu abre as pernas pra geral.

Larissa: Escuta bem as coisas que você tá falando merda. - puxei ela pelo braço levando no canto da pensão, onde não tinha ninguém!

Braga: Tá maluca porra? Olha como tu fala comigo!

Larissa: Eu não transei sem camisinha com ninguém, só com você Filipe. - pegou no meu rosto. Eu te amo.

Braga: Vem de lorota não caralho. - Tirei a mão dela de mim. E pra você é Braga. Cê acha mermo que vou cair no teu papo? Se liga caralho.

Larissa: Eu não queria a criança Braga, por mais que eu te amo com todas as minhas forças, eu não tenho condição de cuidar. Minha mãe não mora aqui, meu dinheiro mal dá pra mim!

Braga: Se liga pô, eu sempre fortaleço você. O problema é que tu não tem coragem pedir cesta básica. Todo mês eu mando nas casas de geral, e você sempre recusa. Não fode porra, tu não precisava passar esses bagulho não. Eu te ajudava em consideração ao seu pai, tu sentava pra mim por que queria!

Larissa: Eu sou taxada de puta mesmo, que diferença faz? Pelo amor de Deus Braga, eu não ia mentir sobre isso. O filho é seu.

Passei a mão no cabelo nervoso e lembrei do dia que cheguei bêbado na casa dela e foi sem camisinha mermo.

Braga: Vou fazer o DNA. Cê tu estiver mentindo eu apago tu em dois tempos.

Larissa: Lembra de quatro anos atrás? - falou chorando. Eu cheguei no morro perdida e sozinha, Você disse que eu poderia contar contigo sempre, Filipe nós tínhamos algo. Eu sei que você me amou. - colocou a mão no meu peito. Eu cai na ideia de pessoas que não queriam meu bem e acabei te perdendo. Me perdoa.

Braga: Vai me informando sobre o bagulho da cria. Hoje mermo vou mandar comida e uma meta pra tu. - suspirei tirando a mão dela de mim.- Eu nunca amei mulher nenhuma Larissa. Fica na paz!

 𝗖𝗼𝗹𝗼𝗺𝗯𝗶𝗮𝗻𝗮 [ 𝕮]Onde as histórias ganham vida. Descobre agora