82.

9K 667 39
                                    


•6|6

Índia| Cattleya🍯

Quando cheguei em casa fui recebida as pressas pelo Alfred. Eu estou a um bom tempo sem comer e praticamente desidratada.

Ele me ajudou a entrar em casa e sentei toda suja de sangue no meu sofá caríssimo. Doeu até meu coração.

Alfred: Senhorita o que aconteceu? Pelos céus, suas costas, seu rosto. - falou com os olhos arregalados.

Índia: Tá tudo bem! Relaxa. Só preciso de um médico e alguns remédios pra dor.

Alfred: A senhorita Garcia liga todos os dias, dizendo ela que vai vim aqui.

Índia: Não é um bom momento pra Emily fazer uma visita! Eu vou ligar pra ela quando sair do banho. - me levantei com dor e fui subindo as escadas com a ajuda do Alfred.

Alfred: Vou ligar para seu médico senhora, e vou preparar sua sopa favorita. A senhorita está magra e abatida.

Índia: Estou morrendo de saudade da sua comida!

Entrei no meu quarto sentindo o cheiro bom e entrei no banheiro tirando a roupa e entrando na banheira.

Gemi de dor quando a água quente encostou nas minhas costas e fui entrando na água aos poucos.

Passei vários produtos meus que estavam ali e relaxei a cabeça na borda da banheira. Meu Deus que saudade de casa.

Escutei o Alfred bater na porta e despertei do meu cochilo rápido. Terminei meu banho e sai enrolando uma toalha no cabelo e meu roupão.

Passei cremes e penteei o cabelo quase caindo de sono e coloquei uma camiseta do Braga que tava na minha mala. Eu juro que não sei o que essa roupa dele tá fazendo aqui. Porém achei no meio das minhas coisas e coloquei sentindo o cheiro dele bem presente ali.

Alfred: Senhorita eu optei por ligar para a Yohanna, sua médica.

Índia: Tá bom. Ela já está aí? - ele concordou. Pode deixar ela subir.

Quando Alfred saiu eu sentei na cama e escutei os passos de Yohanna entrando no quarto.

Dei um sorriso de lado e fiquei de costas tirando a camiseta do meu corpo.

Notei que ela estava meio assustada e nem rendi assunto, eu queria que essa merda acabasse logo.

Senti alguma coisa gelada nas costas e não segurei o grito, a dor era insuportável.

Yohanna: Me perdoa Cattleya, mas preciso passar isso, está muito inflamado. Não sei como você conseguiu passar tanto tempo com isso nas costas.

Índia: Tem chance de ficar essas marcas feias?

Yohanna: Não todas! Mas alguns sinais vão ficar bem evidentes.

Nem respondi e reprimi um grito sentindo alguma coisa arder pra cacete nas minhas costas.

Yohanna fez vários curativos no meu rosto e braço. Meu rosto estava bem cortado. Que ódio.

[...]

Jantei no quarto mesmo e antes de dormir peguei o notebook pra ligar pra Emily. Pelo horário lá é por volta das dez da manhã!

Chamou uma, duas e na terceira ela atendeu.

Emy: Caralho Cattleya. - olhou pra tela e arregalou os olhos. Que caralho aconteceu com você. - deu o maior grito me fazendo fechar um olho.

Índia: Já escutou que vaso ruim não quebra? Fica susu japa, já passou. - sorri de lado.

Emy: Ainda bem que eu não acreditei nessa história de resolver alguma parada. Nossa Índia, me fala quem fez isso com você. - deixou a lágrima cair e do nada apareceu a gangue.

B2: Porra, foi atropelada por um caminhão?!

Índia: Vamos dizer que foi por uma boa causa.

Emy: Tá bom! - debochou. A cara toda estourada é por uma boa causa mesmo!

Índia: Isso porque tu não viu as costas. Tá toda fudida.

Escutei a Emily falar na minha cabeça e do nada a voz do Braga ecoou por todo o lugar.

Braga: Tá sentado por que B2? Levanta daí porra! E tu Emily? Tá dando rolê na boca agora? Virou bagunça essa porra.

Ele pegou o celular da Emily e ficou branco quando me viu.
Engoli em seco e tentei disfarçar meu nervosismo.

Braga: Qual foi desses machucado aí pô? - me encarou sério.

Índia: Resolvendo uns b.o aí! Calma tu se importa? - debochei.

Braga: Não! - falou ríspido.
Tu precisa de ajuda Índia? Que porra tá acontecendo em? Tu tá toda fodida aí. - Falou depois de alguns segundos.

Índia: Tá tudo bem! Preciso desligar agora, tô morrendo de sono.

Braga: Gostei da camisa. - me olhou.

Índia: Passa pra Emily por favor! - mudei de assunto.

Emy: Eu não engoli essa história, pretendo ir aí no mês que vem! Me aguarde senhorita. - sorri concordando. Amo você, saudades vaquinha.

Índia: Te amo também! Saudades otaria. - mandei um beijinho e desliguei sentindo um nó na garganta.

Tirei a camisa e deitei de barriga pra cima e logo peguei em um sono profundo... faz dias que não consigo dormir.

 𝗖𝗼𝗹𝗼𝗺𝗯𝗶𝗮𝗻𝗮 [ 𝕮]Onde as histórias ganham vida. Descobre agora