𝐂𝐡𝐚𝐩𝐭𝐞𝐫 𝟑𝟏 🦋 Eu me perdi.

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— Sei lá, não acordei muito bem. Tô meio mal, não sei explicar o motivo. – respondi.

Victor segurou minhas bochechas, encarando meus olhos e me obrigando a olhá-lo de volta. Ele me presenteou com um beijo na testa.

— Que bom que eu vim então... – ele disse.

Fico na ponta dos meus pés para alcançar seu rosto.

Deposito um selinho em seus lábios e ele sorri.

Victor coloca sua mão na parte de trás da minha coxa, e logo depois me coloca em seu colo.

Entrelaço minhas pernas por sua cintura e abraço seu pescoço.

— Como foi seu dia? – ele perguntou.

Victor encosta a porta com a ponta do pé.

─ Meus pais ficaram o dia todo fora de casa, então fiquei sozinha o dia todo. – eu digo.

─ Que bom que você tem um namorado para te fazer companhia. – ele diz se sentando na cama e eu rio.

Eu estava de joelhos sobre o colchão, sentada no colo de Victor.

Quando ele ia se aproximar...

─ AH. – meu pai grita. – Eu não já disse que a porta tem que ficar ¼ aberta?

─ Desculpa.... Eu que fechei errado... – Victor diz coçando sua nuca.

─ Ah... – meu pai diz abrindo a porta um pouco mais.

Meu pai sai da porta do meu quarto e continua a andar pela casa.

Não consegui conter o riso.

─ Não ria. – ele diz quase rindo junto. – Mas enfim, vai querer ver filme?

─ Sim! – eu digo e ele ri.

─ Vem cá. – ele diz me puxando.

Victor me coloca em cima de seu corpo, e logo depois envolve seus braços nas minhas costas.


{...}


Depois de um tempo do filme ter acabado, Victor mexia em seu celular...

É claro, que ele não estava prestando nem um pouco de atenção no resto de espaço além do aparelho.

Rolo os olhos pelo meu quarto e eles param na escrivaninha.

Um desenho incompleto e vários materiais ao redor.

Estava uma bela bagunça.

Sento em minha cadeira.

Faltavam poucos detalhes para que eu terminasse o desenho, então, decidi termina-lo.

Pego a caneta Unipin ao meu lado, a ponta era 1.0.

Contorno os finos traços que eu havia feito.

Logo depois, pego alguns pincéis, um pouco de água e uma paleta de aquarela. Molho o pincel na água e logo depois eu passo na tinta. Passo os fios do pincel no papel. Fazia tanto tempo que eu não usava as cores vibrantes de uma aquarela, que acho que me esqueci da sensação.

E foi assim que eu passei uma hora inteira, apenas pintando e desenhando...

Terminei o desenho: uma mão colorida, se tocando com uma mão totalmente preta, porém, ao se tocarem, a mão preta começou a se colorir também.

Nos meus desenhos, eu tento demonstrar o que eu sinto. E era isso que eu sentia com Victor. Ele era uma alma colorida, tentando colorir a minha de volta.

𝐃𝐞𝐬𝐞𝐧𝐡𝐨𝐬 𝐕𝐚𝐥𝐞𝐦 𝐌𝐚𝐢𝐬 𝐪𝐮𝐞 𝐏𝐚𝐥𝐚𝐯𝐫𝐚𝐬, 𝘣𝘢𝘣𝘪𝘤𝘵𝘰𝘳Where stories live. Discover now