draft Fake Love

Capítulo 18 - O Traidor

{Não Betado (na verdade, nada aqui é betado por motivos de: eu não tenho beta)}

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[...] assim como também é sabido que traição não é apenas um termo usado em casos particulares como o adultério.

Para este autor, por exemplo, traição é quando emprestamos nosso livro favorito a alguém e o recebemos de volta com folhas amassadas e marcas de café.

Parece algo banal para alguns, eu sei. Para mim, no entanto, bibliófilo como sou, é um ultraje que as pessoas façam pouco caso da integridade física de um manuscrito.

Agora, visto que expus um pouco de minhas opiniões e indignação, sugiro que questionem-se:

" Para vocês, o que seria uma traição imperdoável?"

~Lord Hearsay.

Capítulo 18 — O Traidor

(Momento presente)

O que quer que Zykov tivesse a dizer naquele momento foi interrompido por um barulho estrídulo que fez ambos os alfas olharem rapidamente em direção do local de onde tal barulho se originou.

Zykov estremeceu sob o olhar que lhe encontrou.

Jimin estava sentado no sofá; seus luzeiros, agora cintilantes como o mais puro ouro, mantinham-se fixos no alfa parado à porta como se almejasse vê-lo arder nas chamas do érebo.

Tal visão também atingiu Yoongi. De uma maneira menos odiosa, claro, mas igualmente violenta.

Seu irmão parecia não perceber, mas haviam migalhas do que outrora foi um copo de vidro perfurando-lhe a pele à medida que sua mão cobria-se de líquido carmesin.

— O que disse? — sibilou o loiro, embora fosse evidente que já não era mais Jimin o responsável por suas ações.

Zykov abriu a boca, talvez na intenção de articular alguma escusa ardilosa, mas o ômega não estava disposto a esperar e tampouco desejava ouvir o que aquele miserável tinha a dizer.

Diante disso, ele apenas levantou-se, com a graça e elegância que jamais fugiam de postura, e deixou que os últimos estilhaços de vidro caíssem sobre o chão antes de dirigir-se à saída.

O lúpus não pôde conter a vontade de empurrar Zykov, fazendo-o se chocar contra a parede ao lado, e então zarpar para os corredores, desconsiderando as fisgadas de dor em sua mão graças aos cortes que infligira em si mesmo.

Jimin rosnou para alguns empregados curiosos que apareceram no caminho fazendo com que todos se afastassem imediatamente dali, não queria que eles o vissem em tal estado de descontrole. Não era de seu feitio perder a educação, mas à essa altura pouco se importaria de ter que jogar qualquer um pela janela mais próxima caso a pobre alma o importunase.

Ainda no escritório, Yoongi permanecia em estado de choque com a reação do irmão.

Faziam anos desde que vira o lúpus de seu irmão tomando-lhe o controle e sinceramente não estava animado com tal reencontro.

A simples recordação da última vez que vira aqueles olhos dourados o aterrorizava.

— Parece que alguém aqui não gosta de surpresas — disse Zyvok, sua sentença envolvida por um tom irônico que fez Yoongi desejar estrangulá-lo até a morte.