Capítulo 25 - Marlow

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Pov Lauren

Seattle. É fria. Chuvosa. Linda. É também a última parada da parte norte-americana da turnê. Daqui vamos para o exterior, pra Berlim primeiro. 

Não tenho ideia do porque estamos pulando por vários lugares, mas DJ explicou que tem a ver com os promotores de shows e horários dos shows.

Eu realmente não me importo, ir para a Europa é emocionante e não posso esperar. Por enquanto, porém, é Seattle. 

Assim que chegamos ao nosso hotel, entramos em uma van que Whip alugou. Ele está dirigindo, dessa vez, somos apenas nós cinco. Nenhuma equipe, nem gerentes, assistentes ou jornalistas. É legal.

A primeira parada é Caffe Ladro, onde peço um latte tão bonito com seus pequenos corações empilhados na espuma que quase não quero beber. Mas bebo, porque o cheiro de café torrado está fazendo minha boca aguar. É gostoso, cremoso, escuro e muito delicioso. Eu não me sinto nenhum pouco envergonhada quando gemo. Os caras riem, mas estão igualmente absortos com suas próprias bebidas.

Um par de bolinhos e uma segunda rodada, desta vez em copos para viagem porque, droga, é um bom café e nos dirigimos para Aberdeen para o Kurt Cobain Memorial Park. As cinzas de Cobain estavam espalhadas lá, então esta é a coisa mais próxima que eles podem chegar de um túmulo e querem dar seus respeitos.

Uma névoa suave cai quando finalmente encontramos o parque. É pequeno e desamparado, nada muito chique. Francamente, o lugar me deprime. Um sem-teto se arrasta para a ponte perto do rio enquanto ficamos em silêncio em volta de um memorial de pedra.

O braço de Camila envolve meus ombros, me aproximando do seu corpo, com Jax do meu outro lado, encolhido como todos nós. Estou bastante certa de que Camz acha o lugar igualmente triste. Mas é a expressão de Jax que chama minha atenção. 

Ele parece assombrado e levemente verde ao redor da boca. Eu sei que Cobain era o seu ídolo. Há semelhanças entre eles, ambos guitarristas destros, ambos atingidos pela fama com velocidade vertiginosa e ambos incapazes de lidar com isso. Infelizmente Cobain, ao contrário de Jax, conseguiu acabar com sua vida.

Não tenho ideia do que ele está pensando, mas não consigo evitar de segurar sua mão com a minha. Ele endurece ao contato, sugando uma respiração rápida. Não estou surpresa. Nós não falamos muito desde que ele descobriu sobre o meu relacionamento com Camz. Ele não foi rude ou me rejeitou, mas definitivamente recuou ainda mais em sua concha.

Não olhando para cima, aperto sua mão, tento dizer a ele que estou aqui, que sou sua amiga se ele me aceitar. Seus dedos frios ficam parados por um momento, depois, lentamente, aperta de volta.

— "Love Buzz" foi a primeira música que aprendi a tocar no baixo. - Diz Rye de repente. Ele ri. — Nem percebi que o Nirvana faria um cover até anos depois.

— Se eles gostavam de uma música, eles tocavam. – Fala Camila. — Nenhuma pretensão sobre, apenas fazer suas próprias músicas. Foi tudo sobre a música. - O sorriso de Jax é apenas uma careta em seus lábios.

— Lembra-se da fase quando tentamos cantar como Kurt? - Olha pra Camz. — E você perdeu sua voz? - Todos riem quando ela estremece.

— Ah, cara. Eu soei como um touro sendo castrado. - Eu ri disso.

— Na faculdade, alguém me alimentou com "brownies especiais". – Conto a eles. — Eu não tinha ideia do que eles eram. Acabei dançando em volta do dormitório, cantando "Heart-Shaped Box."

— Eu pagaria dinheiro para ter visto isso. – Camz fala. — Muito dinheiro.

— Aparentemente, eu tinha comida no cérebro, já que eu continuava cantando: "Hey, Blaine, eu tenho um prato de milho azul! Caindo mais fundo em profundidade em pilhas de arroz preto." - Os caras riem. Me junto a eles até que nossa risada se apaga.

Uma Roqueira Em Minha VidaOnde as histórias ganham vida. Descobre agora