-A quanto tempo tem isso, Ginny? Onde arranjou o diário?

A ruiva encheu os olhos de lágrimas, enquanto pedia desculpas. Disse que estava no meio dos materiais que comprara no Beco Diagonal e que, desde então, vinha conversando com Tom.

-Mas...mas desde que os ataques começaram, tenho apagado e não lembro o que fiz quando os outros foram atacados.

A corvina analisou o objeto e considerou todas as possibilidades, antes de segurar a ruiva pelos ombors.

-Vou levar esse diário, Ginny. Vou estudar ele e tentar entender o que há de errado e, depois, levar ele até meu pai- Os olhos da Weasley se arregalaram- Fique tranquila, ele não vai saber que era com você que estava, prometo.

Jeanine beijou a testa da mais nova e saiu da biblioteca cheia de livros e pergaminhos. Naquela noite, no canto do dormitório, depois de ler e reler vários livros e fazer suas anotações, a morena decidiu investigar mais a fundo seguindo pelo caminho mais arriscado. Com a pena molhada na tinta, a corvina traçou uma saudação no papel, que logo foi respondida.


Você voltou, Jean.

Sim. Quero saber quem é você e por que estava fazendo tanto mal para minha amiga.

Você quer me conhecer? Bom, então venha!

E, de um modo estranho, a garota foi transportada para dentro do diário. Ainda estava em Hogwarts, afinal, a corvina conhecia aquelas paredes e aqueles tijolos bem o suficiente. A sua frente, um garoto pouco mais velha que ela carregava vários livros e parecia cansado. as vestes com detalhes em verde entregavam que pertencia a Sonserina e, algo dentro de Jeanine a fazia crer que se tratava de Tom Riddle.

Assim como a menina andava pelos corredores quase caindo ao tentar levar mais do que conseguia, o rapaz fazia. Mas, surgindo de um dos corredores, outro sonserino foi em sua direção, para ajudá-lo. Os cabelos loiros demais faziam a cabeça de Jeanine trabalhar com mais rapidez.

-Riddle- O loiro disse, ao pegar alguns dos livros.

-Malfoy- Era claro que seria um Malfoy. Na verdade, a Snape reconhecia aqueles traços com facilidade. Eram os mesmos de uma das pinturas que havia na Mansão Malfoy, a pintura que sempre encarava Jean e Draco com desgosto. Abraxas Malfoy, pai de Lucius. O velho ainda estava vivo, embora vivesse longe da família e aparecesse muito raramente, não que isso fosse um incômodo para Jeanine.

Mas, uma certeza a dominou ao ver a forma como Riddle e Malfoy pareciam próximos. O sonserino, dono do diário, não era bom. Havia algo de muito errado ali.

Enquanto seguia os dois, Jean viu ambos serem cumprimentados por colegas de casa e por alguns professores. O choque aumentou quando, na frente da dupla, uma versão bem mais jovem de Dumbledore surgiu.

-O que fazem com tantos livros, garotos?- Jeanine reconhecia os traços de um Malfoy com facilidade e, desse modo, viu o desgosto se espalhar pelo rosto de Abraxas, que parecia prestes a pular em Dumbledore. Mas, quem respondeu, foi Tom Riddle, com uma voz calma e controlada, que respondeu.

-Estudando, professor.- Tom olhou para o professor com uma calma letal e uma tensão quase palpável surgiu- Se nos der licença.

E, desse modo, a dupla seguiu seu caminho, tendo Jeanine atrás de si, como um cão de caça. Mas, antes que pudesse descobrir mais sobre os dois, foi jogada para fora do diário onde, com a letra caprichosa, outra frase surgiu.


Esse sou eu, Jean. Tom Riddle. Agora, quem é você?

Jean. 

Cansei de suas meias respostas, Jean. 

Desse modo, o diário se fechou e, mesmo com as várias tentativas de escrever algo e obter uma resposta, Tom Riddle se manteve quieto. 

Quando Jeanine deitou em sua cama daquela noite, havia decidido que a primeira coisa a fazer na manhã seguinte, seria descobrir quem havia sido aquele garoto e o quão próximo de Abraxas fora. Depois, entregaria o diário para o pai e cuidaria de Gina.

O problema começou quando, na manhã seguinte, Jean acordou atrasada, mais cansada do que o normal e sentindo que estava ficando doente. A corvina empilhou os materiais dentro da mochila e o diário junto, correu escadas abaixo até o Salão Principal para, no meio do caminho, esbarrar em uma cabeleira ruiva.

-Jean!- era Gina, que parecia um pouco melhor, mas ainda doente- Desculpe e-eu tenho que ir. Vou encontrar a...hm...Luna, é! Tchau!

E, antes que Jeanine pudesse dizer algo, a Weasley correu na direção oposta. A morena tinha certeza absoluta de havia algo de muito errado ali, mas ela tinha pouco tempo para conseguir as informações que precisava antes de ir até o pai com o diário. Por isso, juntou os materiais que haviam caído e correu para a biblioteca, em busca dos livro que possuía o nome de todos os alunos que haviam estudado em Hogwarts.

Jeanine tinha uma data para poder caçar Tom Riddle, 1946, quando Abraxas havia estudado na escola, por isso, com facilidade encontrou Tom Servolo Riddle, aluno destaque em muitas matérias e até premiado por serviços prestados a escola. Quando a menina abriu a mochila para pegar o diário e analisá-lo uma última vez, foi que percebeu o erro.

Gina havia esbarrado nela mais cedo, derrubado todos os seus materiais e, agora, o diário havia sumido. A Weasley havia o pego de volta e isso não era nenhum pouco bom, afinal, a corvina tinha certeza que Riddle mexia com magia das trevas.

E, como se já não tivesse coisas demais para uma criança de doze anos, Jeanine Snape decidiu que se aprofundaria mais nas pesquisas sobre o bruxo, assim como falaria como pai sobre o diário e cuidaria para que Gina Weasley ficasse segura. A Snape garantiria o bem estar e segurança de todos.

Mas quem garantiria o seu?


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Oioi, gente!

Mil desculpas pela demora. Vocês sabem que eu costumo postar uma vez na semana sempre e, pelo menos, dois títulos por capítulo. Mas eu fiquei bem doente, não conseguia entrar aqui para escrever e tive que me afastar da escola para melhorar. Eu comecei a ter crises de estresse e ansiedade, porque tudo tem exigido muito de mim.

Caso nunca tenha comentado aqui, estou no último ano do Ensino Médio, estudando para o ENEM, trabalhando e tentando dar conta do EAD da minha escola. Escrever é uma válvula de escape, assim como ler e pintar, mas meu corpo e mente adoeceram tanto que nem isso conseguia me manter bem. Por isso essa pausa longa.

Mas agora eu estou bem, tenho outro capítulo quase pronto e logo posto. Sinto muito por esse capítulo curto e bem bleh, mas eu não consegui desenvolver mais, foi como se tivesse perdido o fio da meada. Mas eu voltei e, agora, vamos continuar acompanhando a jornada da Jeanine.

É isso, muuuuito obrigada pelos comentários (eu amo ler todos!), pelos votos (1.3K !!!!!!!!) e por todo o carinho. Queria agradecer pelos 12.7K de leitura. Amo vocês, muito, muito!

Nox!






Sweet CreatureWhere stories live. Discover now