Sweet Creature

2.8

********************* Esse recado no começo do capítulo é necessário para explicar dois pontos

O primeiro: A Jean tem onze anos, mas é muito perceptiva e inteligente, mas ainda tem onze anos. Algumas coisas só ficam claras para ela no futuro. O que for possível explicar agora, sem interferir na evolução da personagem vai ser.

Segunda coisa, esse capítulo foi o mais difícil de toda a fanfic até agora. O capítulo do Espelho de Ojesed meche bastante comigo no livro e no filme, porque o Harry é uma criança e a cena tem todo um peso no emocional dele.***********************

O Reflexo

O Natal estava chegando e isso fazia com que Jeanine estivesse dividida entre alegre e triste. Seria o primeiro Natal que não revezaria entre as casas das tias para, durante a noite do dia 25, beber chocolate quente com o pai.

Em uma certa manhã de dezembro, parecendo alegrar um pouco a corvina, Hogwarts amanheceu com mais de um metro de neve, o lago onde a Lula Gigante vivia, congelado. Jean e os gêmeos receberam uma detenção compartilhada de três dias por terem enfeitiçado várias bolas de neve, que perseguiram Quirrell e batiam contra a parte de trás de seu turbante bizarro. O castigo, na verdade, deixou a menina feliz, já que o trio ficou responsável por ajudar Hagrid a cuidar das corujas que chegavam quase congeladas no castelo. O Castelo era, na opinião de todos, o lugar mais gelado de todo o terreno de Hogwarts, com as brisas gélidas dos corredores e a masmorra congelante. 

Foi em uma das aulas de poções com Sonserina e Grifinória, na masmorra gelada, que Draco desejou ser desagradável, implicando com Harry Potter, já que o garoto ficaria em Hogwarts para passar as festas.

-Tenho tanta pena- Disse o loiro- Dessas pessoas que têm que passar o Natal em Hogwarts porque a família não as querem em casa.

Jean, ao lado direito do primo, deu-lhe um dos costumeiros tapas de repreensão, fazendo o garoto resmungar sobre sacos de pancadas e agressividade desnecessária. Jeanine sabia que a implicância com o grifinório havia aumentado depois do jogo de quadribol, o qual a Sonserina havia perdido. Não apenas o fato da própria casa ter perdido aborrecia Draco, mas ver todos tão impressionados com o "Santo" Potter, como chamava o garoto. A menina entendia a inveja que Draco nutria pelo outro, sabia que, se estivesse no lugar do primo, com o sobrenome que carregava sendo usado como um outdoor, também se sentiria incomodada.

Harry Potter havia nascido e crescido (mesmo sem ter consciência) com um sobrenome forte e poderoso, além de considerado cheio de luz pelos antepassados do garoto. Potter poderia não saber nada sobre os pais, mas ainda assim, tinha o respeito da maior parte do mundo bruxo. Enquanto Draco, Theo e, se alguém descobrisse, Jean tinham de carregar o sobrenome de ex-Comensais da Morte assim como o peso negativo que aquilo acarretava.

-Você sabe que eu também vou ficar, não sabe?- Jean encarou o primo, que teve as bochechas rosadas, ao notar o olhar sério da mais nova.

-É diferente- Draco ponderou, antes de continuar- Você está ficando porque seu pai está aqui, não porque não tem p...

Jeanine deu outro tapa no primo, o que arrancou uma risada de Theo, que estava a direita da menina.

-Dá para acreditar?- Foi o que a corvina disse, olhando para Theo, que ainda ria. Quando saiu da aula, acompanhada dos sonserinos, Jean viu Weasley e Potter parados a frente, conversando com Hagrid, o amigo que Jeanine visitava sempre que possível para tomar chá e conversar sobre os animais mágicos que ambos tanto amavam. Distraída, enquanto conversa com Theodore sobre a aula, deixou que Draco e seus capangas (Goyle e Crabbe) fossem na frente. A dupla só prestou atenção na conversa a frente quando Jeanine ouviu Draco falando sobre a casa onde Ronald morava de um jeito nada gentil. As bochechas da menina coraram, preparando ela para uma conversa muito séria com o primo sobre seu recente comportamento, mas então, Ronald avançou sobre Draco e, antes que pudesse atingi-lo, Severus apareceu as costas dos sonserinos.