1.4

1.8K 197 26
                                    


1985- Hogwarts

Jeanine, por regra, não deveria estar no Salão Principal, junto ao pai. Mas era final de semana e, alguns sonserinos acreditaram ser uma excelente ideia pregar uma peça com a casa dos texugos. Na verdade, a ideia em si era genial, mas fora mau executada o que levou a  professora Pomona Sprout, diretora da Lufa Lufa, a se acidentar dentro da estufa. O acidente em si envolvia mandrágoras e mais algumas plantas e, por conta disso, Albus Dumbledore fez questão de chamar o diretor da casa das serpentes, que vinha a ser Severus Snape.

Desse modo, Jeanine Lestrange estava agora, sentada ao lado de Filius Flitwick, professor de feitiços e diretora da Corvinal, jantando. O Salão Principal, onde todos se reuniam para as refeições era gigantesco e maravilhoso. O teto era enfeitiçado para se parecer com o céu e as bandeiras das casas enfeitavam mesas e janelas.

- É encantador, não acha, criança?- O professor perguntou a Jean ao notar o olhar maravilhado da menina.

- É sim! Papai já havia me contado, mas nada se compara a ver pessoalmente!

Flitwick se surpreendeu ao ouvir Jean se referir a Severus como pai, mas era o esperando, já que a única presença paterna decente que tinha desde que se lembrava era o padrinho. Lucius podia ser seu tio, mas não era a pessoa que Jean mais gostava, principalmente pela forma como fazia Draco chorar. Já Ted Tonks, era um tio muito querido e alguém com quem podia contar para aprontar alguma coisa que deixaria tia Andy de cabelos em pé.

- Professor, como é a sua casa?

A princípio, Flitwick não compreendeu a pergunta inesperada, afinal, o que uma menina de cinco anos queria saber sobre a casa de um professor? Mas acompanhando o olhar da mais nova, notou que ela encarava a mesa da Corvinal. E, sorrindo, o professor respondeu.

- A Corvinal é a casa dos sábio, senhorita. Mas muito mais que isso, é a casa daqueles que anseiam por mais conhecimento e que mantém a mente aberta para o que irão aprender. É a casa da criatividade e de olhares que veem mais do que os outros- O rosto de Jean se iluminou enquanto ouvia sobre a casa- Por que a pergunta, senhorita?

- Tio Lucius quer que eu vá para a Sonserina, como meu primo, meus tios e, bem, Bellatrix e Rudolph-. O professor se surpreendeu novamente ao constatar que Jeanine não se referiu aos pais biológicos pelo título e parecia muito desconfortável ao falar deles- Mas minha prima, Dora, está na Lufa- Lufa, assim como tio Ted.

Jean sorriu quando viu Ninfadora, na mesa amarela e preta, transformando o nariz em um nariz de pato apenas para ouvir a gargalhada da mais nova, que gargalhou mesmo.

- Mas eu acho que não sou de nenhuma dessas casas- Jeanine terminou o raciocínio, encarando o professor.

- Bem, são quatro casas, senhorita. As opções são muitas e, além disso, sua opinião será levada em consideração quando for selecionada.

O que o professor gostaria de ter dito, era que Jeanine com certeza não pertencia a casa das serpentes, ela não tinha aquele brilho ambicioso que todos ostentavam, não completamente.  A casa dos leões também não seria seu lar, não que ela não fosse corajosa, mas a coragem de Jeanine era diferente daquele que os grifinórios possuíam.

Mas Jeanine Vega Lestrange saberia, no momento em que fosse selecionada, dali seis anos, que ela pertencia a casa para a qual estava indo.

Sweet CreatureWhere stories live. Discover now