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1987- Mansão Malfoy

Jean não sabia a quanto tempo estava ali, mas não pretendia sair tão cedo. Lucius, seu querido e amável tio, estava em uma reunião importante do trabalho, enquanto Narcisa tomava chá no jardim, junto as senhoras Zabini e Parkinson.

Em uma ocasião normal, a casa estar sem nenhum adulto significava que Draco e Jean poderiam brincar e fazer barulhos a vontade e era isso mesmo que faziam antes. Antes de Pansy Parkinson chegar para passar o final de semana na Mansão onde Jeanine também estaria. 

Severus estava muito ocupado em Hogwarts, precisando planejar NOMS e NIEMS e as notas finais dos alunos, já que o final do ano letivo se aproximava. Quando essa época do ano chegava, Jean se mordia de ansiedade, pois significava que passaria mais tempo com o pai, podendo ir com ele onde quisesse, passar horas na sala de poções trabalhando em algo juntos ou sentados à mesa da sala de jantar, jogando cartas, como os trouxas. Mas havia o lado negativo, já que antes das férias, Severus Snape precisava  se afastar um pouco da menina, que passava a dormir na Mansão Malfoy ou na casa dos Tonks.

 Para o azar de Jean, Andrômeda e Ted haviam decidido sair em lua de mel, para comemorar o aniversário de casamento.  A menina, obviamente, ficava feliz pelos tios, mas essa viagem significava que teria de ficar na casa dos Malfoy. Jeanine poderia amar seu primo e sua tia incondicionalmente, mas não gostava nenhum pouco da presença de Lucius.

Para completar o desastre, o mesmo havia decidido que Draco deveria passar a interagir mais com os filhos dos seus amigos. Por isso, Blaise Zabini e Pansy Parkinson estavam ali. O patriarca havia contado a Jean e Draco, no café, que convidara também as irmãs Greengrass, mas elas estavam na França.

A presença de estranhos na casa obrigava Jean a se vestir de um jeito que não gostava e que Narcisa, embora achasse perfeito, evitava pedir a sobrinha a usar. Cabelos soltos e com cachos nas pontas, laço verde, vestido combinando, além da sapatilha apertada que lhe dava nos nervos. A menina não poderia estar mais descontente.

 Era o que achava.

Quando os convidados chegaram, às 10h em ponto, Jean estava na porta principal, ao lado do primo. Draco usava um dos ternos  e os cabelos estavam muito bem penteados.

-Você ficou legal assim!- Jean dissera a ele, porque era verdade. Draco a olhou de canto de olho e sorriu.

-Prefiro seu cabelo preso ou bagunçado- Jean olhou cúmplice para o primo. Draco podia amar a pompa, mas respeitava e entendia os gostos da mais nova.

A primeira visitante a entrar foi uma mulher de lindos cabelos escuros, que estavam presos em uma trança cheia de pérolas. Na cabeça de Jeanine, a pele da mulher se parecia com chocolate meio amargo, assim como a cor dos olhos. Ela usava um vestido vinho, muito bonito e, ao seu lado, um garoto idêntico a ela, sorria como se o mundo fosse seu.

-Senhora Zabini, Blaise- Fora Narcisa quem o dissera, em um cumprimento aos convidados. Depois deles, uma mulher de cabelos muito lisos e nariz empinado entrou. As bochechas, reparou Jean, era enormes. Ao lado dela, uma menina de pele clara como papel, olhos escuros e esnobes e cabelos curtinhos, juntos de uma franja. Eram a senhora Parkinson e Pansy. 

-Crianças, deem oi- Draco se adiantou e apertou a mão de Blaise, como o pai fazia, repetindo o ato com Pansy. Essa, notou Jean, corou até a raiz do cabelo. Quando Blaise se aproximou de Jean, sorriu e beijou sua mão, causando uma estranheza na menina, que apenas sorriu.

-E quem é essa?- Pansy era, para sua pouca idade, muito metida e arrogante. Talvez esse fosse um dos motivos para que ela e Jean não se dessem nada bem.

Sweet CreatureOnde as histórias ganham vida. Descobre agora