A aposta

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"This is just business, Wise Girl."


Annabeth terminava de guardar os livros que não usaria para a próxima aula em seu armário e estava pronta para sair do corredor quando ouviu um barulho ao seu lado de uma porta batendo. Para seu azar – e má sorte – uma das pessoas que ela menos se importava naquele colégio havia resolvido tirar um tempo do seu dia para infernizar o dela.

E essa pessoa, senhoras e senhores, era Perseu Jackson. Percy para os mais íntimos e Jackson para a garota.

– Bom dia, Chase.

– O que você quer, Jackson? – ela já havia se acostumado a não se deixar ser levada pelos sorrisos que ele lhe lançava desde sempre. Não que fosse uma missão fácil, porque ele tinha um sorriso lindo, mas ela já o havia visto tantas vezes e para tantas outras pessoas que havia se tornado mais simples ignora-lo.

– Deuses, você precisa mesmo parar de andar tanto com minha prima – ele respondeu ainda sem perder a pose e Annabeth revirou os olhos, passando por ele e começando a ir em direção a sala de aula. – Ei, eu quero falar com você.

– E eu quero uma máquina do tempo, nós nem sempre conseguimos o que queremos.

– Anda, Sabidinha – Annabeth resmungou ao ouvir o apelido e parou quando Percy ficou a sua frente, olhando ainda brava para ele. Odiava quando ele usava aquele nome. – Dez minutos, é tudo que eu peço.

– Eu não tenho dez minutos, eu tenho três aulas de geometria e você está me atrasando.

– Ok, então te vejo no almoço – Percy sorriu uma última vez e saiu da frente dela.

– E quem disse que eu aceito almoçar com você? – ela se virou para ele e o garoto parou no corredor, voltando a olhar para ela.

– Porque sabe que eu não vou deixa-la em paz se não o fizer – Percy deu de ombros e piscou para ela, esperando Annabeth revirar novamente os olhos cinzas antes de dar-lhe as costas e continuar seu caminho.

Enquanto isso, por pelo menos alguns segundos, Perseu Jackson se permitiu observar as costas da garota com um sorriso divertido no rosto.

"Vai ser mais fácil do que pensei".

***

Annabeth encontrou Thalia já na sala de aula e foi se sentar ao seu lado, começando a contar sobre a rápida conversa entre ela e o primo da outra. Não conseguiu terminar, por isso escreveu o restante num papel e esperou pela resposta da amiga, recebendo apenas um ponto de interrogação para ler.

Quando as aulas acabaram, as duas ficaram na sala de aula por mais algum tempo, discutindo sobre o ocorrido.

– Você acha que eu devo ir?

– Sinceramente? Não – Thalia respondeu, guardando seus livros na bolsa. – Nós duas conhecemos Percy o suficiente pra saber que ou ele vai pedir alguma coisa, ou ele vai fazer alguma coisa, ainda mais com você. Eu amo meu primo, mas nenhuma das alternativas me agrada.

– Eu sei, mas eu estou curiosa. Quero dizer, ele sabe que não pode fazer nada de ruim comigo porque eu tenho você e porque sei me defender muito bem sozinha. O que só nos deixa como alternativa a opção de que ele quer pedir algo e eu estou morta de curiosidade pra saber o que é.

– Bem, aí é com você, loirinha – Thalia ficou de pé e pendurou a bolsa num dos ombros. – Quero todos os detalhes a noite e uma ligação caso eu precise interferir.

– Sim, senhora – Annabeth sorriu e foi logo atrás da amiga, mandando uma mensagem para seu pai avisando que ficaria no colégio para almoçar com as amigas naquele dia.

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