▪︎ quarantacinque

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— Nela isso não é um encontro – saliento — Vamos sair com você e a Serena pra eu começar a criar um vínculo com sua irmã caçula.

— Está feliz paizinho?

— Muito – confesso — Eu só quero ficar perto da minha filha, compensar cada segundo que passei longe dela.

— Serena tem sorte em tê-lo como pai – fala Antonela fazendo com que eu me sinta ainda mais feliz — Digo com total propriedade que o senhor é o melhor pai do mundo.

A puxo para um abraço e a porta do elevador se abre, caminhamos até o carro e eu entro no lugar do motorista sentando-me e me surpreendo quando observo Antonela se sentar no bando de trás.

— Porque não se senta na frente? – questiono antes de dar partida.

— Quero ficar mais perto da minha irmãzinha – exclama com a voz divertida — E consequentemente te deixar mais perto da mãe dela.

— Antonela! – repreendo-a.

— O que é? – pergunta entre risos — Se não sairmos daqui logo vamos nos atrasar ainda mais, já são 14h.

Dou partida com o carro tentando ignorar as declarações da menina que ri e no banco de trás de todo meu nervosismo aparente.

Logo começo a dirigir pelas ruas de Milão e em pouco minutos já estou em frente o hotel em que estão hospedadas, Lorena e Serena que já nos esperavam do lado de fora caminham até o automóvel. Desço do carro para cumprimenta-las e minhas mãos começam a soar conforme as duas se aproximam, o coração está acelerado e as pernas bambas.
Quando estão próximas a mim pego a pequena no colo a dando um demorado beijo no rosto, em seguida abraço Lorena e todo meu corpo se arrepia com a nossa aproximação.

Caminho até o banco traseiro e abro a porta, sento a pequena na cadeira infantil que fiz questão de providenciar e a acomodo ali. Antonela logo começa a brincar com a criança e eu dou a volta no carro abrindo o banco carona para que a morena sente-se e assim ela o faz. Colocamos o cinto de segurança e nos entreolhamos cada um com um sorriso no rosto, logo ela desvia o olhar abaixando o rosto tímida e ali fico a observando e pela primeira vez enxergo nela a mesma inocência da menina que apareceu na Costatine suada com o almoço do seu pai em mãos.

— Papa? – ouço a voz de Antonela mas é como se meu corpo tivesse entrado em transe — Papa!! – exclama mais uma vez e finalmente desvio minha atenção a ela — Sei que a Lorena está deslumbrante, mas eu e a Sisi estamos famintas.

— Antonela! – chamo sua atenção totalmente constrangido — E quem é Sisi?

— Sisi é a minha irmã – olho para a criança que gargalha gostosamente de toda a situação — Você adorou ser chamada de Sisi, não é? Não é? – Nela brinca com a pequena enquanto faz cócegas na mesma.

Lorena ri da situação e eu finalmente arranco com o carro. A interação entre Serena e Antonela me deixa ainda mais animado, as duas parecem estar se dando bem e isso era tudo que eu mais almejava para hoje.

Logo paramos em frente à um restaurante ao ar livre, todos descemos do carro e andamos em direção ao estabelecimento. Checo minha reserva com a Hostess e enfim caminhamos até a mesa que escolhi, observo Lorena vislumbrava com o ambiente e comemoro internamente o sucesso que tive com a escolha do lugar.
Todos nos acomodamos na mesa e Serena é colocada na cadeira infantil pela mãe, então o garçom se aproxima e permito que a capixaba olhe o cardápio primeiro para que possa esolher o que mais lhe agrada.

— E então? O que vai escolher pra nossa entrada? – pergunta observando-a.

— E-eu não falo italiano. Não entendo nada que está escrito aqui – confessa tirando uma gargalhada de mim e Antonela — Mas se houver alguma salada talvez seja o ideal.

SFOGARSI Where stories live. Discover now