24. is he looking at me? are you threating me?

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VINTE E QUATRO
S.S.


          Quando Lydia me ligou desesperada, eu não sabia o que pensar. Os últimos dias tinham sido uma bagunça, meu pai quase não andava mais em casa, todos os sacrifícios estavam consumindo seu tempo, e era quase impossível ou improvável de vê-lo em casa por muito tempo. Depois de ouvir toda a história do Peter, eu pensei demais sobre tudo, e como Derek ainda não tinha dado as caras.

Eu entendia perfeitamente, e ele precisava de um tempo para se recuperar da morte do Boyd, principalmente da maneira que aconteceu. Eu sabia que Derek se culpava por isso, apesar de não ser sua culpa, e acho que assim como ele, Erica também colocou a culpa nele. Eu tinha sido a pessoa que informou Reyes sobre a morte de Boyd, e bom, não foi uma reação boa.

Erica se recusa a voltar para Beacon Hills agora, não só pelo processo de guarda, mas por não achar que tem motivos para voltar. Ela tem ignorado minhas ligações, as vezes manda mensagens dizendo que está bem, e é o único resquício de notícia que tenho dela, o que era ruim. Parte de mim agradecia muito por Erica não querer voltar, temia pelos que estavam aqui, e temia ainda mais para aqueles que não estavam, como ela e Jackson.

Procuro voltar a realidade, era tarde da noite, e eu dirigia até nossa escola. Lydia havia me ligado, dizendo que tinha acontecido a mesma coisa que aconteceu na piscina, e que ela precisava de mim o mais rápido possível. Claro que liguei para Scott, que nos encontraria lá também, e pelo que fiquei sabendo, Allison já estava com ela, sendo a primeira pessoa para quem ela ligou. Quando cheguei lá, as duas estavam paradas perto de uma pilastra, enquanto Allison tentava confortar Lydia, Scott e eu nos aproximávamos.

— Lydia? — Solto encarando a menina, seu rosto tinha uma expressão preocupada e assustada.

— Foi igual ao que houve na piscina. — Ela começa trocando olhares entre Scott e eu. — Entrei no carro para ir a um outro lugar e cheguei aqui. E você me disse pra te ligar se eu encontrasse um corpo.

— E você encontrou? — Pergunto olhando para Scott, que parecia ter exatamente a mesma pergunta que eu.

— Ainda não.

— Ainda não? — Pergunto rápido. — Como assim? Você deve ligar depois de encontrar.

— Ah, não! — Lydia fala alto. — Não vou passar por isso de novo. Vocês encontram agora.

— Como vamos fazer isso? — Retruco. — Você é a pessoa que sempre encontra eles.

— Pessoal. — Scott fala alto, chamando nossa atenção, ele tinha andado um pouco para frente, e agora olhava para algum lugar. — Eu encontrei.

Olhamos em direção do que McCall olhava, e é quando percebemos o que ele queria dizer, sob o monumento de pedra que mostrava o nome da escola tinha um corpo. O sangue escorrendo pelas letras do nome, era algo monstruoso. Respiro fundo, puxando o celular do meu bolso, vendo meus amigos começarem a se aproximar do corpo, faço o mesmo, já discando o número da polícia.

Quando meus olhos repousaram sob o corpo, eu pude reconhecer facilmente. Tara Graeme, uma das policiais do condado do xerife. Respiro fundo me afastando dali aquela mulher cuidou de mim quando meu pai não pôde, aquilo era demais pra mim. Primeiro Harvey e agora ela, cada morte, cada sacrifício, ficava pior.

Depois de chamar a polícia, cada um se dispersou para suas respectivas casas. Dormi muito mal naquela noite, e mal conseguia imaginar como meu pai ficou quando descobriu de sua morte, ela foi sua parceira na maior parte da sua carreira, era difícil acreditar que agora ela estava morta. No dia seguinte, na escola, meu pai conversava com alguns funcionários, que tentavam prestar o máximo de apoio na investigação, e é claro que eu não podia ficar de fora, o que não foi surpresa quando o xerife começou a se aproximar de mim com raiva.

wolf moon: graveyard ♝ sterekWhere stories live. Discover now