17. there's no hope...

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DEZESSETE
S.S.


— Lydia, foi mal, okay? — Digo rápido, vendo a ruiva se afastar da escada, completamente confusa. — Não quis dizer que você tava tentando matar pessoas. Eu só quis dizer que, talvez... — Eu nem sei ao certo o que queria dizer com aquilo, tudo que eu sei é que as coisas estão confusas e toda possibilidade é uma opção, mesmo que seja completamente estúpida como essa que levantei agora. — Talvez, de algum modo estivesse envolvida nas mortes, entende? Que, agora que eu falei em voz alta, soa bastante terrível, então, eu vou parar de falar.

— Stiles... — Lydia solta me silenciando. — Você ouviu isso?

— O quê? — Encaro a ruiva confusa, vendo ela se abaixar perto de uma grade posta no chão do estacionamento, o que eu chuto que possa ser a grade que leva ao esgoto do lugar ou uma ventilação externa. — Lydia, o que tá ouvindo?

— Um bebê chorando.

Era estranho tudo aquilo, desde a mordida de Peter no baile de inverno, Martin passou por diversas mudanças. Era difícil explicar o que ela era, se é que era alguma coisa, por muito tempo utilizamos a desculpa que a mordida tinha rejeitado o corpo dela, o que era incomum, já que em um caso de rejeição de mordida, a pessoa já estaria morta faz tempo, e não foi o que aconteceu com Lydia. Me pergunto se Peter sabia que isso aconteceria quando mordeu ela, ou se sabia que a ruiva era especial de outra forma.

Como faísca, eu também não sabia muito. Deaton me contava por partes em nossos treinamentos, e a grande maioria deles foi só uma parte teórica, também focando no vínculo que tinha com Derek e o quanto isso favorecia nós dois, fora outros tipos de habilidades que vinha com o título de companheira, mesmo assim, eu não tinha conseguido fazer muita coisa. O veterinário insiste que minhas habilidades estão focadas de acordo com o que eu sinto, e por isso só tinha conseguido utilizar elas em situações com picos de emoções. Era tudo novo e estranho, e ver Lydia ajoelhada olhando para aquela grade me fazia acreditar que não sabíamos nem da metade das coisas.

— Eu ouço... — Lydia sussurra. — Ouço barulho de água. Meu Deus... — Olho para Martin confusa, não conseguia imaginar quantas emoções ela tinha sentido de acordo com o tempo de estadia no Glen Capri, ela parecia querer chorar de nervoso a cada passo que dava. — Ela tá afogando o bebê! — A ruiva se levanta rápido. — Alguém tá se afogando!

— Quem? — Pergunto com urgência, Allison ia procurar Scott, e Ethan parecia já ter sentido os efeitos do Motel, então restava Isaac e Boyd.

— Eu...

Puxo a menina rapidamente, correndo em direção ao número do quarto de Isaac e Boyd. Assim que abro a porta, percebo que o quarto aparentava vazio, com exceção da luz do banheiro que estava acesa, logo percebo que Boyd estava dentro da banheiro cheia de água, com um cofre em cima de seu tronco. Respiro fundo, correndo até a banheira, já puxando as mangas da minha jaqueta pra cima. Coloco as mãos na banheira, procurando o ralo, assim que acho, percebo que o mesmo estava bloqueado, o que me desespera.

— Ele bloqueou o ralo com algo. — Digo rápido. — Não consigo abrir.

— O que faremos? — Lydia me pergunta, e eu encaro o cofre.

— Me ajuda com isso. — Começamos a tentar puxar o cofre pra cima, percebendo que todas as tentativas eram inúteis, o cofre era pesado demais, mesmo com duas pessoas puxando ele não se movia, não era o mesmo com Boyd, já que o lobisomem era forte o suficiente para segurar o cofre.

— Ele tá morto? — A ruiva me pergunta nervosa. — Quanto tempo um lobisomem pode ficar debaixo d'água?

— Você acha que eu sei? — Pergunto nervosa, tentando puxar o cofre, largo ele me levantando, me afasto um pouco, tentando pensar em alguma coisa, é quando meu braço encosta em algo na parede, queimando a região que tinha encostado, afasto rapidamente o braço, vendo o aquecedor na parede, logo me lembrando do que tinha acontecido com Ethan. — Espera um pouco, o aquecedor. Ethan saiu do transe assim que tocou o aquecedor.

wolf moon: graveyard ♝ sterekUnde poveștirile trăiesc. Descoperă acum