18. two doctors, both gone.

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DEZOITO
Terceira pessoa


Scott adentrava no hospital com pressa. O turno noturno do hospital estava uma completa bagunça, e ele só precisava entregar o jantar de sua mãe, por isso, quis ir depressa, pra não deixar a mulher afastada do trabalho por muito tempo, já que ela precisava ajudar naquele turno. Ele encontrou sua mãe na recepção do hospital, e com um sorriso no rosto mostrou a sacola para a mulher, que sorriu em sua direção, aliviada.

— Graças a Deus. — Melissa solta, se aproximando de seu filho, já puxando a sacola de suas mãos. — Tô faminta. — Ela se vira sem dizer mais nada, colocando a sacola no balcão, já procurando ver o conteúdo da sacola, até que ela com um sorriso fraco, se volta novamente para o menino. — Desculpa, desculpa. Obrigada por me trazer o jantar. — Melissa puxa o menino para um abraço rápido, o que faz Scott sorrir.

— Tá tudo bem? — Ele solta, fazendo a mãe dar um sorriso de canto, e olhar para o corredor atrás, vendo muitos pacientes não atendidos ainda.

— Tirando a parte de metade das vítimas de um engavetamento serem transferidas pra cá e o médico plantonista não responder aos chamados, sim, tá tudo bem. — Scott encara a mulher confuso, como tudo aquilo poderia estar acontecendo naquela noite?

— O que "não responder aos chamados" significa? — O moreno pergunta.

— Ninguém encontra ele. — Melissa diz suavemente. — E tivemos que chamar outro pra fazer plantão. — Uma mulher, provavelmente vítima do engarrafamento, se aproxima dos dois.

— Senhora?

— Pois não? — Melissa pergunta, encarando a mulher com um sorriso, seu tórax estava machucado, e era evidente que tinha um sangramento ali.

— Poderia me dar algo para aliviar a dor? — A mulher segura os braços de Melissa, que apesar de querer ajudar, sabia que não tinha o que fazer.

— Olha, sinto muito. — A enfermeira começa. — Mas se eu lhe der algo as coisas podem complicar, então, precisamos mesmo esperar pelos médicos. — Scott assiste sua mãe ajudar a moça a sentar. — Certo? — Ela se aproxima da bancada da recepção. — Quanto falta pra ela chegar?

— Dez minutos. — A colega de trabalho responde, Scott respira fundo, vendo mais um paciente passar deitado numa maca, ele se senta perto da moça que havia pedido ajuda para sua mãe, a olhando preocupado e nervoso.

— Sabe, eu li na internet... — Ele começa observando atentamente a mulher suspirar de dor. — Que, às vezes, o contato humano pode ajudar com a dor.

— É... — A mulher diz, desviando o olhar do menino, Scott olha em volta, e com calma, coloca sua mão sob a da mulher, tirando um pouco de sua dor com suas habilidades sobrenaturais, as veias pretas logo somem, e a mulher parecia aliviar um pouco, e relaxar, voltando seu olhar para Scott com um sorriso.

— Alguém... — Uma nova voz entra no hospital. — Alguém me ajuda! — Os olhos de Scott se viram para a entrada, avistando duas pessoas que ele conhecia bem. Ethan ajudava Danny a andar, o gêmeo parecia desesperado enquanto Danny parecia muito mal e quase não se mantinha em pé. — PRECISO DE AJUDA! — Scott se levanta rapidamente, andando até os dois, Melissa também já tinha visto a situação e agora ajudava os dois a carregar Danny para uma das cadeiras.

— Com cuidado. — Melissa adverte, ouvindo Danny soltar grunhidos de dor, enquanto sua mãe verificava Danny, Scott puxa o alfa para o lado.

— O que fez com ele? — Scott pergunta irritado.

wolf moon: graveyard ♝ sterekWhere stories live. Discover now