24. trauma

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O sábado não demorou a chegar

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O sábado não demorou a chegar. Todos trabalharam em conjunto para organizar a minha festa — nada surpresa — de aniversário, foi cômico assistir Draco ligando para o dj confirmando a presença dele pela terceira vez, Norton conferindo a lista de convidados para "evitar a entrada de penetras" e Travis tenso querendo que eu tivesse a melhor noite de todas.

Eu pedi por algo simples mas eu e Travis tínhamos concepções bem diferentes sobre o termo. Isso ficou óbvio quando cheguei na entrada da boate Booty, acompanhada por Dominik, e vi o exagero da decoração, porém não tive tempo para pensar pois Like A G6 estava tocando e me fez voltar para 2010 quando ouvi a música pela primeira vez em uma festa quando eu estava entrando na vida adulta. Dispersei tais pensamentos quando meus saltos tocaram a parte de dentro do lugar. Essa outra vinda à Booty deveria anular todos os sentimentos ruins que eu tive quando vim da última vez: as dançarinas, a discussão com Travis, a conversa com Joshua... tudo deveria ser apagado.

Dominik parou para falar com os seguranças e eu segui até o bar, pedindo um Manhattan porque precisava ingerir uma boa quantidade de álcool antes de tomar coragem para procurar algum rosto conhecido na pista de dança. Meus olhos foram para todos os cantos do lugar, reparando na mudança de decoração, e realmemte ficou melhor do que antes. Não sei se foi a nova escolha de cores vermelho e preto (as minhas cores favoritas!) que deram um ar mais sexual, ou se os sofás escuros e mesas de vidro que trouxeram um pouco mais de elegância para a boate.

O rosto que eu procurava no meio das dezenas de pessoas não demorou a aparecer do outro lado da pista de dança, observei o homem enorme passar entre os corpos até finalmente me encontrar.

Camiseta branca e calça jeans era a combinação mais simples que existia desde que as roupas foram inventadas e qualquer pessoa poderia passar despercebida em trajes assim, mas Travis não. Não importava o que ele vestia, ele sempre estava lindo.

Terrivelmente lindo.

Não era só a beleza, porque o maldito foi abençoado demais, parecia um deus grego moldado com o máximo de cuidado, a personificação da luxúria que faria até a mais pura das mulheres pecar com vontade. Mas Travis não era só isso. Ele conseguia me desconcertar com seus olhares maliciosos e lamber de lábios, provocando a minha sanidade até o limite. Suas mãos habilidosas gostavam de percorrer um caminho perigoso, suas expressões tão verdadeiras ao ponto de me deixar com o coração na mão por saber o quão intensos seus sentimenros eram.

Sentir-me amada sempre foi um obstáculo, principalmente com o histórico de homens que eu tive. Era horrível descontar os meus fracassos amorosos em Travis, que tentava incansavelmente me tocar onde outros só me destroçaram.

Limpei a lágrima teimosa, espantando as lembranças ruins e focando no homem à minha frente. Os olhos azuis subiram desde os meus pés até o meu rosto, me roubando um sorriso em meio à tristeza que eu sentia.

— Gostou? — Girei o corpo para mostrar o vestido especialmente escolhido para ele... tirar.

— Provocante e irritante. — Sentou do meu lado.

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