Before I Forget You《 Maze Runner Fanfic 》

41. Me, you and our Jenna.

Era noite de Ano Novo, mas essa não era a primeira comemoração do tipo no Paraíso Seguro. Aquela já era a quarta virada de ano que eles comemoravam e muita coisa já tinha mudado. Um vilarejo de casas de madeira estava sendo construído, pois a ventania que vinha do oceano durante o inverno era horrível, demandando outra opção de lar que não fossem as majestosas tendas de vista para o mar. Inclusive, a população começava a aumentar, pois os casais adultos começavam a criar filhos - não havia casamentos por falta de recursos para festas e tal, então um casal que estava junto a mais de três anos já era de se esperar que ficassem juntos até o fim da vida. E falando em casais...

Thomas e Nancy já tinham vinte e um anos, como a maioria dos seus amigos. Fred já tinha quatorze e já estava um pouco mais alto que Bella, apesar da menina ser um ano mais velha. No entanto, não era apenas a idade deles que havia mudado, muitos aspectos internos já não eram mais os mesmos.

O nosso Thomas não tinha mudado muito, mas a sua liderança tinha se aprimorado de forma significativa durante os anos que se passaram, além de ter se tornado um rapaz muito forte por todo o trabalho como construtor e mecânico - não havia mais carros, mas a mecânica e um pouco de elétrica ainda podiam ser usadas. E Nancy não tinha ficado de fora dessa onda de mudanças e tinha descoberto um novo interesse um tanto... Intrigante.

Quando houve o primeiro nascimento no Paraíso Seguro, Diana chamou Nancy, Harriet, Sonya e uma mulher mais experiente que as meninas para ajudá-las durante o parto. Harriet e Sonya estavam um pouco tranquilas, pois aquela não era a primeira vez que ajudavam uma mulher a ter um filho, mas Nancy estava aterrorizada, principalmente por não se lembrar nem de ter visto uma mulher grávida antes daquela.

A ruiva pensava que Diana gostaria que ela ajudasse no parto, mas na verdade, queria que Nancy apenas assistisse, bem de frente para a nova mãe, o que a deixou ainda mais assustada. E por diversas vezes, Nancy quis fechar os olhos para não ver o sangue e tapar os ouvidos para não ouvir os gritos, mas Diana sempre a repreendia e a forçava a assistir. Aquela situação era completamente constrangedora, pois tinha uma mulher dando à luz e Nancy não podia fazer nada além de ficar parada, assistindo aquela cena um tanto nauseante.

- É um menino! - Sonya exclamou depois que os gritos cessaram, dando espaço para um choro infantil e alto.

Todas sorriram e a mãe, ofegante, começou a chorar de alegria. Sonya enrolou o bebê em um cobertor grosso, limpando o seu rostinho com uma delicadeza digna de admiração enquanto o menininho chorava mais e mais até chegar nos braços da sua mãe, que tentava acalmá-lo com o maior sorriso no rosto. Ela sussurrava o nome do bebê como se cantasse uma canção de ninar, chorando sem parar de tão contente. Nancy ainda estava muito atordoada com toda a situação, mas não pôde deixar de sorrir ao se deparar com uma cena tão bonita como aquela.

- Na próxima vez, você vai me ajudar a fazer o parto. - Diana contou depois que tudo tinha terminado, acompanhando Nancy de volta para as tendas. - Quis que você assistisse pra que você soubesse o que ia enfrentar durante os próximos anos. Se você quiser ajudar, é claro.

- Eu quero! - Nancy exclamou, sorrindo, apesar de tremer como uma vara verde. - Vale a pena, no fim das contas. É lindo, tirando a parte do sangue, daquela bolha esquisita e daquele cordão. Pra quê serve aquele cordão?

Diana riu com a resposta da menina, mas respondeu à pergunta da ruiva com paciência e tirou todas as suas outras dúvidas - Nancy não teve esse tipo de educação, pois além de ter esquecido muita coisa, nunca frequentou uma escola comum. E a partir daquele dia, a ruiva tinha se apaixonado por bebês, abandonando o seu cargo de construtora depois de um tempo para se tornar enfermeira e babá das crianças que vinham nascendo durante aqueles quatro anos.