O que é um caos? A teoria do caos estabelece que uma pequena mudança ocorrida no início de um evento qualquer pode ter consequências desconhecidas no futuro.
Fazem dois anos que Fire Marie e Castle di Laurence se viram pela última vez. Tudo isso por...
Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.
Setembro de 2019 – Moulwalk University – EUA
O dia amanheceu lindo, não posso negar que estou feliz.
Apesar da noite na casa da Fire não ter saído exatamente como eu pretendia, o peso que eu carreguei no peito por tantos anos, finalmente pôde ser deixado de lado.
A manhã foi incrível, de um jeito que eu não imaginava que seria. A visita ao orfanato foi um sucesso, as crianças sendo de uma pureza e energia envolvente e eletrizante.
A música também tem esse poder, é uma das coisas que eu amo nela.
Ninguém fica parado quando uma música envolvente toca, é impossível o fazer.
Quando Chad e Ambrose se juntam a mim, é como se tudo se ampliasse mil vezes. As pessoas improvisam uma pista de dança e os corpos se movem sem nem perceber, e até quem o contém, não consegue fazer por muito tempo.
Fire está girando com algumas crianças.
Sorrio olhando para ela.
Assim como metade das pessoas que está ali.
Ambrose não tira os olhos dela, mas o ignoro.
O que importa é que ela está dançando, irradiando calor, se divertindo.
E que eu a amo.
Incondicionalmente.
***
Ambrose está ao meu lado quando Fire se senta com Amélia no canto de nossa mesa no refeitório.
Ela não olha para mim, mas sei que tem consciência de que eu a encaro.
- Ela é uma gata. - Ambrose chama minha atenção. - Vou chamar ela para sair.
Eu pisco uma, duas, três vezes.
- Vai? - Pergunto, olhando para meu amigo com uma expressão séria.
- Sim, - ele dá de ombros - ela é solteira, eu também.
Sinto meu corpo ficar rígido e a calor subir pelo meu pescoço e queimar minha face.
- Bom, - começo - boa sorte com isso.
Eu me levanto da mesa e começo a me dirigir ao balcão para pegar meu almoço.
Não é ciúmes.
É agonia.
- Posso falar com você? - Sua voz é suave quando chega aos meus ouvidos.
Olho para Fire, surpreso por ela ter vindo até mim desta vez.
- Claro! - comento sorrindo e pegando uma bandeja e um prato para me servir.
Fire fica atrás de mim, me observando enquanto coloco salada no meu prato.
- É sobre ontem à noite. - Me viro para olhar em seus olhos, estão escuros e ela tem uma expressão indecifrável no rosto, meus olhos se fixam nos dela e quando começa a falar, sua voz sai rouca - Eu...
