O que é um caos? A teoria do caos estabelece que uma pequena mudança ocorrida no início de um evento qualquer pode ter consequências desconhecidas no futuro.
Fazem dois anos que Fire Marie e Castle di Laurence se viram pela última vez. Tudo isso por...
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Junho de 2013 – Residência dos Di Laurence– EUA
- Ei, psiu. – Chamo baixinho na janela de Cas.
Ele aparece, ainda de pijama.
São sete da manhã e ele tem os cabelos claros desgrenhados.
- O que você quer? - Pergunta, emburrado.
- Quero fazer anjos de neve. – Falo.
Ele me olha de cara feia.
- É verão Fire Marie, você não pode fazer anjos de neve no verão.
- Quão pouca imaginação você tem Castle. – Comento, indignada. - Nós podemos fingir que estamos fazendo anjos de neve.
Ele me olha por alguns segundo, então cruza os braços e franze a sobrancelha.
- Não quero fazer isso.
- Está mentindo. – Retruco. - Você quer sim, só está com medo de sair escondido.
- Meus pais ainda estão dormindo, então eu posso sair sim. Não é medo – Ele está emburrado.
- Então vem Castle di Laurence, a vida é curta demais pra passar um dia sem fazer anjos de neve. - Abro os braços e giro.
Ele está segurando o riso, consigo ver de onde estou.
- Estou indo. - Declara.
Espero na entrada de sua casa, Cas sai com shorts e camiseta.
Caminhamos até o final da rua.
Na esquina tem um terreno com várias folhas secas que ainda não haviam sido recolhidas.
As vezes acho que Castle e eu dividimos um mesmo neurônio, pois em um momento estamos nos olhando e no seguinte estamos correndo em direção a pilha de folhas.
A queda é suave, mas faz com que a pilha se desmonte, tenho certeza que o dono da casa vai ter um grande trabalho para colocar tudo no lugar novamente.
Começamos a jogar folhas um no outro, como fazemos quando nossos pais estão entretidos demais em uma conversa e não percebem que corremos o tempo todo atrás um do outro atirando o que encontrarmos pela frente.
Gosto de ouvir a risada de Cas, ela sempre termina com um ronco no final.
Depois de meia hora brincando com as folhas, nos damos o luxo de deitar na grama, nossas respirações estão ofegantes e não conversamos muitos, apenas movimentamos nossos pés e braços.
- Isso não faz o menor sentido. - Ele diz, rindo.
- Não é pra fazer sentido. - Continuo com os movimentos imaginando um anjo de neve se formando abaixo de mim.
