02.

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[HARRY P.O.V]

Depois de finalizar a chamada com o Louis eu devolvi o celular pra minha mãe e avisei que esperaria eles do lado de fora do hospital, eu preciso de ar. Desde que saímos de Doncaster pra New York eu não consegui dormir ou comer nada. Passei pela porta automática e respirei fundo, caminhei até um banquinho que tem mais para o lado do hospital e olhei para o céu pensando em toda essa situação.

Na quinta de madrugada mamãe me acordou dizendo que precisávamos vir pra cá porque Gemma não estava bem e já estava internada desde a quarta à noite, mas Bebe, a colega de quarto da minha irmã que a achou toda machucada e a levou para o hospital, esperou um pouco até ligar para a gente. Foi tudo tão rápido, pegamos algumas roupas e fomos direto para o aeroporto.

Quando chegamos aqui Bebe disse que ela estava em cirurgia, se ela precisava de cirurgia é porque a coisa toda é pior do que pensávamos. Robin procurou um hotel aqui perto, deixamos as malas lá, e passamos todo o tempo aqui, sentados nos bancos da recepção esperando por alguma notícia.

Eu estava tentando me manter calmo, mas é tão difícil, minha irmã é tudo pra mim. Minha vida toda, ela me defendeu de todos que tentavam me machucar, nunca tentou me mudar como muitos faziam. Ela nunca se importou de me emprestar roupas de quando ela era mais nova, saias, vestidos, blusas, ou que eu usasse gloss, pelo contrário, ela mesma me vestia com todo cuidado e ficava assistindo enquanto eu me admirava no espelho, porque eram roupas tão delicadas e lindas, eu realmente gostava.

Não sei o que seria de mim sem ela.

— Harry, vamos querido, amanhã cedo nós voltamos. — a voz baixa e calma da minha mãe me tirou dos meus desvaneios.

Segui meus pais até o carro no estacionamento, ao entrar no carro olhei em volta, até que minha visão focou em um carro estacionado do outro lado, com um homem vestido completamente de preto encarando fixamente o nosso carro. Estranho, mas eu 'tô tão cansado de chorar e andar de um lado para o outro que nem fiz muita questão disso.

Ao chegarmos no hotel eu tomei um banho rápido, coloquei um pijama e já com os olhos pesados fui até a cama, como eu disse para o Louis não vou demorar muito a dormir.

Louis.

Falar com ele hoje era tudo que eu precisava, ele consegue me acalmar e me manter na linha mesmo por uma ligação. As coisas aconteceram tão rápido de ontem pra hoje que eu nem lembrei de avisar a ele sobre tudo isso. Se eu conheço bem o namorado que eu tenho, ele deve ter surtado por eu não ter aparecido na escola por dois dias seguidos. Não sei onde meu celular está, mas deve estar cheio de ligações e mensagens dele. Coitado.

***

Por sorte, eu consegui dormir muito bem e a noite inteira.

Após fazer minha higiene matinal, tomar um banho, colocar um jeans preto, uma camiseta preta com alguns botões abertos, amarrei a bandana nos meus cachos que estavam uma porcaria, coloquei um vans e fui até meus pais para irmos vê como minha irmã está.

Ao chegarmos no NYU Medical Center, encontramos o médico que a atendeu, ele disse que não vai demorar até que ela acorde, já que a cirurgia de ontem durou pouco tempo e no momento ela está fora de risco, ou seja, ela vai acordar e passar por tratamento pelos outros machucados, e também se recuperar das duas cirurgias.

1 hora depois vieram nos chamar para dizer que ela acordou e que podíamos vê-la. Mas que também acionaram a polícia novamente, Bebe já tinha falado com a polícia antes, mas não podiam fazer muita coisa já que Gemma não tinha condições de falar o que realmente aconteceu e ela não sabia de tudo. Assim que entramos no quarto eu vi que era pior do que eu tinha imaginado. Ela tinha pequenos cortes por boa parte do corpo, hematomas roxos no rosto, braços, pernas e pescoço, provavelmente na barriga também, e um dos braços enfaixados, mas não é só o braço, uma das pernas está enfaixada até o meio da coxa.

Always in my Heart || Larry StylinsonWhere stories live. Discover now