Certo? Certo.

Então Madelaine que lute, ela era a minha primeira alternativa.

Na verdade não, ela foi a primeira pessoa que eu vi que pudesse me ajudar, talvez uma decisão ruim.

Suspirei alto, olhando para a sala vazia ao lado, por onde o sol da manhã entrava através das janelas.

- Tudo bem... - Eu disse de braços cruzados, olhando para os meus próprios pés. - Eu não esperava mesmo que você me ajudasse... mas não custava tentar.

Dramatizei, e ela bufou cansada.

- Arrgh... tudo bem. Fala o que você quer. E vê se me libera logo. - Revirou as pupilas nas órbitas de seus olhos e o meu bico cansado se converteu em um sorriso vitorioso.

- Ah! Ótimo! - Comemorei e ela continuou com cara de tédio. - Então... o que aconteceu foi o seguinte... - Expliquei para ela.

- Você perdeu o meu contrato multimilionário?! - Ela disse alto e eu quem revirei os olhos. - Como faz uma coisa dessas?! Não tinha uma corda, uma coleira, uma coisa assim?

Dessa vez fui eu quem revirei os orbes.

- Não Madelaine. Acredite ou não, eu não sou tão sádico quanto você, e ele só foi até a empresa. Não grila atoa, valeu? Ele só não me disse o que iria fazer, mas onde ia ele disse. Eu já te expliquei.

Ela riu debochada.

- Não acredito que eu entreguei o meu dinheiro nas suas mãos, um dia você vai me pagar caro. - Ela riu da minha cara e eu continuei sério. Madelaine pigarreou.- Ah. Certo. Eu sei o provável motivo de ele ter o chamado... - Ela explicou, dando ênfase no "provável".

- Qual?! - Perguntei acelerado, mas esperançoso.

- Bom. Se você esperasse eu ia acabar dizendo.

Revirei os olhos e me joguei na parede, apoiando as costas lá e cruzando os braços e as pernas.

- Certo... manda.

- O seu querido sogrinho vai fazer o baile de final de ano da Jeon's Corp...

- Baile de fim de ano? - Perguntei confuso, e ela assentiu.

- Isso. O Baile do Bordo. Uma palhaçada chata onde o meu pai quer me obrigar a ir, acompanhada de um dos sócios fedidos deles. E se o pai é fedido, o filho provavelmente também é.

Eu ri um pouco, ela era a mesma de sempre, só mudou o alvo.

- Quem é ele? - Questionei e ela me olhou como se não quisesse falar.

- Desde quando somos amigos? - Ergueu uma das sobrancelhas e eu fiz o mesmo em silêncio, debochando através do olhar. - Aahhg! Como é que eu vim parar aqui?! - Puxou o telefone do sutiã contrariada, me mostrando a foto de um garoto alto, de cabelos pretos, bem simpático por sinal e eu sorri.

- Ah. Qual é? Ele é uma graça, e vocês não vão se casar, é só um baile.

- Vai você com ele então. - Ela disse ácida como sempre, e eu ri.

- Touché!

- Bom. Se não precisa mais de mim, esse é o único motivo pelo qual eu posso imaginar que ele tenha chamado o bananão lá. Fora isso...

- Tudo bem... mas assim... você vai?

- Ahn. Provavelmente não, não vou passar essa vergonha. - Ela deu de ombros. - Por quê? Qual é a da cara de interesse repentino?

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