— Nathan ali?

Mudou de assunto. Ela acalma os dedos, tirando as mãos do bolso e cerrando o punho. Pandora está... nervosa?

— Nate! — o chamo, tentando conter o olhar de quem quer muito saber o nervosismo da Pandora.

Qual é o nervosismo da vez?

— Sis? — retruca, se aproximando.

— A Pam perguntou se você tem cordas novas de violino.

Eu pago — Pam completa, prontamente.

— Talvez tenha. Minha mãe que repõe normalmente — sorri, olhando para Pam. — Vocês vem até em casa e a gente vê. É pertinho.

 É pertinho

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Nathan tem uma irmã. Eu sei porque eles vivem em pé de guerra, como se fossem crianças. Assim que ela chega, ele joga um pano de prato nele, avisando algo como "é sua vez de lavar a louça". Briga atrás de briga. O tipo de relacionamento entre irmãos. O xingamento que Nate devolve é rápido antes de nos chamar até o quarto. Bem, Nathan não é o tipo de garoto nojento que tem o quarto bagunçado, sujo e etcetera. Ele tem uma reputação, na mente dele. Não é um quarto cheio de pôsteres ou qualquer coisa, só alguns adereços bobos pelos cantos para deixar o lugar menos quarto de visita. A cama é de casal, tem uma janela no centro (que o deixa quarto tão claro que uma lâmpada nem seria necessária de manhã, mesmo com cortinas) e uma pilha de livros de capa dura empilhados de um jeito bonito em cima da cômoda.

Pam está atrás de mim. Nate é um pouco tagarelo. Ele tem uma voz grossa, bem destacante e está sempre falando alguma coisa pra não deixar o lugar silencioso. Mas Pandora parece apenas puxar a alça da mochila, sem dizer nada pra qualquer comentário interativo. Agora, seu olhar está entretido em ver a decoração do quarto.

Acho que, talvez, apesar de Pam não ser egocêntrica como Nate, ele é o que mais se assemelha um pouco a ela. Gentileza também. Muita gentileza. Não do tipo os pais da Liliane. Eu nem ao menos sei porque ela não está interagindo do jeito dela para assuntos que ela sabe muito bem e gosta de conversar. Não só gosta, mas dificilmente tem alguém pra conversar sobre música à altura, já que eu apenas a escuto entortar a boca devagarinho falando de coisas que aprendeu ou gosta.

Seu olhar se fixa no chão, próximo dos pés. Eu acho que é porque acabou tudo que ela queria ver até notar a camisinha no chão. O maxilar travado da Pandora observando fixamente.

— Nate, pelo amor de deus. — Aponto pra camisinha e ele desiste de procurar pra pegar e jogar em um cesto de lixo no canto.

— Errei a mira, nem vi.

— Que nojo — completo e ele ri.

— Nojento agora, né? Mas antes...

Eu solto um ruído engasgado. A risada cortada da Pam dando um passo pra trás e desviando o rosto, de puro constrangimento é o complemento da cena. Eu vou fazer questão de matar o Nathan. Meus olhos estão arregalados e eu estou tentando me recompor antes de fitá-lo com o olhar mais irritado que tenho.

A Origem de GênesisDonde viven las historias. Descúbrelo ahora