Penúltimo Capítulo

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Leone Monteiro Fazzano.

Já no escritório, Fernando havia recebido a carta de demissão de Leandro, onde eu mesmo o entreguei e depois encaminhei para o RH. Eu estava inquieto essa demissão repentina de Leandro era muito estranho, Fernando por sinal cantava aos ventos, ele resolveu até fechar mais cedo hoje e liberar todos os funcionários mais cedo, também.

— Nando, você não acha muito estranho o fato de Leandro ter saído assim da compania sem mais nem menos? — Indaguei debruçando na mesa de vidro, fixando em seus olhos.

— Bom, estranho realmente é, mas o importa, não? Estamos livres daquele filho da puta assediador de merda. Você deveria estar feliz, baixinho.

— Feliz eu estou, mas também estou intrigado, mas enfim, deve ser coisa da minha mente.

— Mas por que essa preocupação toda?

— Porque ele é muito perigoso, não passa pela sua cabeça que nesse exato momento ele pode estar aprontando alguma coisa?

— Ele pode ser um lixo como ser humano, a chegar ao ponto de assediar alguém. Mas também não creio que ele perca o próprio tempo para fazer alguma coisa conosco. Mas seja como for, eu vou tomar as providências para que você se tranquilize, certo?

— Tudo bem. — Fui até o maior que ainda estava acomodado na poltrona e o afaguei.

— Ouça, enquanto eu viver não vou deixar ninguém te fazer nenhum mal e se caso vier acontecer alguma coisa, eu vou até o inferno se precisar te proteger. — Ele me tomou pelos braços me fazendo sentar em seu colo e me perder nos seus olhos.

— Eu acredito em você, amor, só que eu sou paranóico.

— Fique tranquilo, sim? Nada vai te acontecer. — Assenti com a cabeça e ele me puxou para um beijo calmo.

— Agora me deixe terminar o trabalho, por você eu ficaria o tempo todo em seu colo e te deixaria assim. — Fitei meu olhar para a ereção do maior que explodia entre suas pernas.

— Você faz de tudo para me provocar, não faz? — Recebo um tapa na bunda e logo ele me moveu contra a parede onde eu pude sentir sua ereção em minhas ancas.

— Aqui não, seu louco! — O repreendo fingindo não gostar da situação.

— Quando chegarmos em casa, eu vou foder você todinho. — Ele apanhou minhas madeixas enroladas puxando-as para trás.

— E se eu me recusar? — O provoco novamente.

— Eu te deixo de castigo por uma semana, você não vai conseguir nem sentar. Então é melhor ficar quietinho, e me obedecer. — Assenti recebendo outro tapa nas ancas e ele se afastou.

— Bruto.

— Você gosta...

Voltamos aos afazeres, Fernando concentrado no notebook, enquanto eu analisava alguns cálculos dos gastos da empresa que recebi do outro setor do departamento. Apesar de ter um enorme gasto mensalmente, o retorno financeiro para empresa era bem maior.

Ao mais tardar, estava tão envolvido em corrigir os cálculos que nem me dei conta da hora.

— Quer passar a noite toda aqui? — Fernando me interrompeu em um sinal de alerta.

— Como?

— Já viu que horas são? Já éramos para estarmos em casa, já são dezesseis e trinta e cinco. Vamos, depois você continua.

Certo. — Concordei me levantando da cadeira e guardando os papéis dentro do classificador, deixando-o na gaveta. Apanhei meus pertences e segui Fernando até o estacionamento.

— Para minha casa ou para sua? — Questionou Fernando.

— Vamos para a sua. — Ele esboçou um sorriso e seguimos para o seu apartamento.

**

Chegamos no ambiente, eu estava muito cansado e com um pouco de dor de cabeça, ainda não havia engolido a decisão sem lógica de Leandro. Era um alívio ele não estar na empresa? Sim, e muito. Mas também, ele ganharia tempo para aprontar alguma coisa.

— Vou tomar um banho e descansar.— Digo fitando Fernando que estava entredito no celular.

— Tudo bem, vou tomar banho com você. — Ele abandonou o aparelho e fomos juntos até a suíte principal para aproveitarmos o banho.

Fernando entrou primeiro na banheira, logo me acomodei entre suas pernas como de costume, deitando em seu peitoral. Era como estar em um filme romântico e nós éramos os protagonistas. O mocinho e o bruto indomável.

— Você parece tenso outra vez. É por causa do Leandro? — Afagando meus cabelos, Fernando Indagou.

— Eu ainda não engoli essa ideia dele. É muito estranha. Um dia ele quer a presidência, no outro ele se demite? Tem algo muito errado nisso tudo.

— Bem, vamos esquecer isso tudo. Que tal se nós fôssemos ao Beach Stop do Shopping Salvador com o Henrique, o Marcelo e a Andrea. — Sugeriu ele, o que me fez vibrar de felicidade.

— Tudo bem, vamos sim. — disse animado. — Vou mandar uma mensagem para eles e você fala com o Marcelo, certo?

— Tudo bem, vida. — Ficamos ali relaxando mais um pouco. Eu já me sentia bem melhor com a sugestão de Fernando, já que eu amava sair.

Depois de um banho gostoso, fui até o armário de Fernando onde também tinha algumas peças de roupas de reserva, e o maior veio atrás de mim, para se arrumar também. Mas antes de me vestir, encaminhei uma mensagem para Andrea e Henrique para que pudessem ir conosco para o lugar.

Em minutos o Henrique já havia confirmado, mas a Andrea não poderia ir, infelizmente, a mesma informou que já teria um compromisso. Apanhei os looks básicos, uma bermuda jeans bastante apertada, uma blusa branca com manga três quartos e um sapato exótico preto.

Já Fernando, optou por um look nada formal, porém casual, uma bermuda preta e uma camisa gola polo cor neutra com um sapatênis da Mr. Cat, da cor verde musgo.

— Estou pronto? Vamos? — Fernando comentou. — Já falei com o Marcelo, ele vai passar na sua casa para pegar o Henrique e nos encontramos lá.

— Certo, tudo bem. Eu também já estou pronto. — Descemos as escadas e seguimos até o estacionamento, adentrando no automóvel e seguindo em direção ao Shopping Salvador.

***

Já estávamos no lugar aguardando Henrique e Marcelo, uma pena Andrea não ter vindo. Chegamos por volta de quinze minutos e pedimos as entradas enquanto eles não chegavam.

Tempinho depois eles chegaram e nos cumprimentaram coloquialmente, como sempre. Ambos estão super arrumados.

— Demoramos? — Marcelo indaga.

— Só um pouco. — afirmo.

— Eu cheguei na casa de vocês e Henrique não estava pronto, não sabia que roupa poderia usar.

— Ah, pronto. Eu não posso me arrumar para sair? Não vou sair com qualquer roupa. — Henrique age na defensiva, o que me faz rir.

— Claro que não, meu amor. — Marcelo aproximou do menor e o beijou e logo ambos se acomodaram. Ficamos um bom tempo conversando besteiras, rindo que eu até havia me esquecido do Leandro.

— Pessoal, preciso ir ao banheiro. — Digo já me levantando.

— Vou com você, Leo. — Henrique também se levantou e fomos juntos para o banheiro masculino. Adentramos no lugar que estava sem movimento algum e seguimos até as cabines separadas.

Após finalizar minha vaga necessidade, vou até as pias higienizar minhas mãos, mas através do espelho, vejo um figura masculina que dava passos lentos em minha direção, com um olhar sério e frio.

— Você...

Continua...

A DIFERENTE MANEIRA DE AMAR - (Romance gay)Where stories live. Discover now